Jacob Gardner, indiciado pela morte de um manifestante negro, foi encontrado morto neste domingo (21) no estado do Oregon, nos Estados Unidos. Segundo seu advogado, Stuart J. Dornan, ele cometeu suicídio por estar com medo de se entregar às autoridades na próxima semana para ser julgado. “Ele estava morrendo de medo de voltar para cá porque achava que não teria um julgamento justo”, comentou ao The New York Times. Gardner, 38 anos, foi indiciado na última terça-feira (15) por quatro crimes, entre eles homicídio culposo e ameaças terroristas, após atirar em James Scurlock, de 22 anos, que participava de um protesto contra a morte de George Floyd na cidade de Omaha, em 30 de maio.
Segundo as autoridades, Gardner se desentendeu com um grupo de pessoas que estava em frente ao seu bar e, depois de ser jogado no chão, entrou em briga com Scurlock e disparou um tiro fatal. De acordo com o advogado, Gardner agiu em legítima defesa e, desde então, estava vivendo sob forte pressão emocional. O caso ganhou grande repercussão no país e levou à nomeação de um promotor especial, que iria apresentar o caso a um grande júri. “O sistema de justiça deve ter permissão para fazer seu trabalho. Os casos devem ser decididos no tribunal e não nas redes sociais no contexto da opinião pública”, criticou o advogado. A família de Scurlock e o promotor Frederick D. Franklin não se pronunciaram sobre a morte de Gardner. Não foi revelado a mídia como o veterano de guerra tirou a própria vida.
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