Constantino: ‘Não quero ver tapinha nas costas entre ministros do STF e Bolsonaro’

Nessa quinta-feira, 10, o ministro Luiz Fux assumiu como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), no lugar de Dias Toffoli, e a troca de liderança no Supremo foi tema de discussão entre os comentaristas do 3 em 1, da Jovem Pan. Para Rodrigo Constantino, o ministro terá alguns desafios pela frente e explicou o que espera desse novo mandato. “Eu não espero nunca muito dessa turma, espero que me surpreenda, mas ele me parece menos pior do que muitos pares ali. O que deveria ser feito? É uma resposta muito simples, é resguardar a constituição, é a premissa básica”, comentou. Ainda de acordo com o comentarista, a liberdade é fundamental para o cargo. “Eu não quero ver tapinha nas costas entre eles [presidente e ministros], eu quero ver a independência dos ministros”.

Fazendo um paralelo com uma entrevista do presidente americano Donald Trump, Constantino explicou a importância do Supremo. “O presidente Trump disse numa entrevista que tornou pública uma lista de mais de 20 potenciais nomes para a Suprema Corte. Ele falou isso porque essa é uma das funções mais importantes do cargo, de escolher um ministro para a Suprema Corte. Nós, brasileiros, sabemos o custo de ter um partido radical no poder. Do PT a gente se livrou, mas dos ministros que eles indicaram, não. Essa turma que é ativista me assusta muito mais do que ministros corruptos. Espero que Fux não vá por essa linha”, finalizou.

Quem também comentou sobre os novos desafios de Fux na cadeira de presidente do STF foi Josias de Souza, que acredita que o ministro terá muitos desafios pela frente. “O Luiz Fux assume uma instituição com a imagem estraçalhada. Nesse ambiente, a prioridade do Fux deve ser a recuperação da supremacia do Supremo, que já existiu, mas não vai ser fácil recuperar. Vai conseguir consertar? É muito difícil”, disse. Thais Oyama também enfatizou a relação do STF com o governo, mas acredita que as “conversas com o Centrão e o arrefecimento da tensão convenceram Bolsonaro que a relação com o novo ministro não será diferente da com Toffoli, que era muito boa”, finalizou.

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