Em depoimento, Carlos Bolsonaro nega incentivo a atos antidemocráticos

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro negou, em depoimento à Polícia Federal (PF), a participação na produção e divulgação de conteúdos que atacassem o Supremo Tribunal Federal (STF). Na oitiva, que aconteceu no último dia 10, ele disse nunca ter utilizado dinheiro público para manter perfis em redes sociais. O filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, foi ouvido como testemunha no inquérito que apura financiamento e organização de atos antidemocráticos. Ele foi questionado sobre a utilização de sistemas automáticos para difundir conteúdos produzidos pelo governo federal e disse que “jamais foi covarde ou canalha a ponto de utilizar robôs e de omitir essa informação”. Carlos Bolsonaro frisou que não trabalha no setor de comunicação do governo federal.

Segundo o vereador, as postagens que realiza são apenas para ajudar a divulgar, pelas próprias redes sociais e pelas do pai, os conteúdos produzidos pelo órgão comunicacional do governo.  Ele ainda reiterou que preza  “pela democracia e acredita na mudança pela democracia”, que, segundo ele, são “colocações que vêm de berço”. A Procuradoria-Geral da República solicitou que a investigação fosse aberta no Supremo, o que ocorreu no mês abril. O também filho do presidente e deputado federal Eduardo Bolsonaro também prestará depoimento; a oitiva está marcada para a próxima terça-feira, 22.

*Com informações da repórter Camila Yunes

Compartilhe