Espanha: Madri pede ajuda do Exército e de 300 médicos contra a Covid-19

O aumento no número de casos de Covid-19 está preocupando a capital da Espanha. As autoridades da comunidade autônoma de Madri vão solicitar ao governo nacional apoio logístico, militar e policial em caráter de urgência para poder realizar testes de diagnóstico para o novo coronavírus e trabalhos de desinfecção em áreas restritas, além de contratar 300 médicos de outras regiões do país. O pedido será feito pelo poder Executivo madrilenho na quinta-feira, 24, afirmou o vice-presidente da comunidade autônoma, Ignacio Aguado, durante uma entrevista coletiva nesta quarta-feira, na capital espanhola.

A colaboração das forças armadas seria destinada à instalação de tendas, à realização de testes e à desinfecção das 37 áreas delimitadas pela administração local dentro do plano de combate à Covid-19, que incluem bairros da cidade de Madri e de outros municípios próximos, onde desde segunda-feira estão vigentes novas restrições de circulação e de funcionamento de estabelecimentos comerciais, segundo explicou Aguado. Madri espera contar também com a colaboração de 222 membros da Polícia Nacional e da Guarda Civil para fiscalizar estas áreas e garantir o cumprimento das novas medidas, e, caso contrário, aplicar sanções. Além disso, as autoridades locais vão pedir ao governo de Pedro Sánchez uma reforma expressa das leis vigentes para poder manter no sistema de saúde madrilenho os 300 médicos de fora da comunidade autônoma que foram contratados durante o auge da pandemia de Covid-19 e que não puderam ser incorporados por “restrições estatais”.

Estas novas estratégias, segundo Aguado, deverão ser colocadas em prática a partir do dia 28 de setembro, para garantir que sejam correta e eficazmente implementadas o mais rápido possível. De acordo com os últimos dados oficiais, divulgados na terça-feira, a comunidade de Madri acumula um terço do total das infecções diárias no país, com 3.652 novos casos de Covid-19 desde segunda-feira, e continua sendo a região mais afetada pela doença, motivo pelo qual as autoridades locais não descartam decretar medidas de isolamento mais rígidas do que as restrições já em vigor.

*Com informações da Agência EFE

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