Lista tríplice para direção do Inpe é entregue ao MCTI


G1 apurou que listagem foi encaminhada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI) nesta terça-feira (1º). Sede do Inpe, em São José dos Campos
Pedro Melo/TV Vanguarda
O comitê responsável pela seleção dos candidatos ao cargo de diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) definiu a lista tríplice e encaminhou ela ao Ministério de Ciências, Inovações e Comunicações (MCTI) na manhã desta terça-feira (1º).
Até a publicação da reportagem não havia informação de quem são os três escolhidos pelos avaliadores entre os nove candidatos que pleitearam o posto. A reportagem tenta contato com integrantes do comitê responsável pela gestão e acionou o MCTI, mas aguardava retorno até a última atualização.
Atualmente o cargo é ocupado interinamente por Darcton Policarpo Damião desde agosto de 2019. Ele substituiu Ricardo Galvão, que deixou o posto após ser demitido por reagir a críticas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que acusou a equipe de pesquisadores do Inpe de mentir sobre dados do desmatamento da Amazônia.
Dacton é um dos nove candidatos ao posto. Os outros que disputaram o cargo são: Augusto José Pereira Filho; Cleber Souza Corrêa; Clezio Marcos De Nardin; Gilberto Câmara Neto (que já foi diretor do Inpe); Luís Eduardo Antunes Vieira; Nilson Gabas Júnior; René Nardi Rezende; e Victor Pellegrini Mammana.
O próximo diretor do Inpe será eleito para um mandato de quatro anos e chegará ao posto sob clima de apreensão da comunidade científica. Entre os pontos de atenção apontados na área, está a possibilidade de redução do repasse de recursos destinados pela Agência Espacial Brasileira (AEB) ao Inpe em 2021, o que pode zerar a verba para novas pesquisas. O repasse é um dos dois pilares do orçamento do instituto, que também recebe verba do MCTI.
Histórico recente
Em julho o Ministério da Ciência e Tecnologia anunciou uma reestruturação no Inpe em meio à uma polêmica sobre a exoneração de Lubia Vinhas, responsável por monitorar o desmatamento na Amazônia. A exoneração dela ocorreu três dias depois de o instituto divulgar que a Amazônia sofreu o maior desmatamento para um mês de junho em cinco anos. O governo tratou do caso como um mal entendido.

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