‘Não existe jeito certo de se relacionar’, diz especialista em comportamento

O especialista em comportamento humano, relacionamentos e desenvolvimento pessoal Tsoah participou do Pânico (23) e falou sobre como terminar um namoro. “Não existe jeito certo de se relacionar. As pessoas tem um padrão, como se rotular fosse dar certo. Todo relacionamento é uma troca de valores e de polaridades. Quando esses valores passam a mudar, a gente pode sentir isso e vem desconectando. Precisamos trabalhar a responsabilidade afetiva, não dá para terminar de uma forma que eu não quisesse que fizessem comigo”, explicou.

Autor dos livros ‘Se entenda e aprenda como seguir em frente e superar o fim desse relacionamento’ e ‘Como ter relacionamentos que dão certo’, Tsoah faz sucesso nas redes sociais. Um de seus vídeos mais compartilhados é dele rasgando uma nota (falsa) de R$ 100. “Eu fiz um vídeo baseado no meu trabalho e nesse vídeo falo dos valores, do autovalor. Na geração TikTok, um vídeo de seis minutos pode se tornar um sofrimento. Eu pensei ‘quantas pessoas são rasgáveis?’ e fiz um vídeo sobre isso”, comentou. Sobre o autoperdão, o especialista explicou como entendê-lo. “O autoperdão foi um tema que conversamos nas redes. Temos que entender que ninguém deve nada. Eu não tinha a consciência de hoje há 10 anos, então como eu devo me julgar por algo que eu não sabia? Mas o sofrimento em si que amarra a pessoa na culpa é a identificação. Eu sou o que me acontece, eu sou uma pessoa ruim. Nós temos um tribunal dentro de nós e se eu me culpo eu vou me autossabotar”, completou.

Perguntado sobre a atual situação mental da sociedade no pós-pandemia, Tsoah explicou. “A gente recebe mais estímulos, somos seres que reagimos a estímulos. Hoje temos redes sociais, ansiedade, e nessa fase pandemia as pessoas foram colocadas dentro de casa e a relação com a casa diz muito sobre a relação consigo. E tem muitas pessoas que se sentiram desestimuladas nesse tempo”. Seguido por mais de 500 mil pessoas no Instagram, o especialista disse que o problema das redes está na pessoa e não na plataforma.

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