A cada real de lucro da indústria do tabaco, o Brasil gasta cinco reais com doenças relacionadas ao fumo, conforme apontou o estudo “A Conta que a Indústria do Tabaco Não Conta”, divulgado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) e pelo Ministério da Saúde. Cada R$ 156 mil de lucro das empresas de tabaco no Brasil equivale a uma morte por doenças como doenças cardíacas, AVC, DPOC ou câncer de pulmão causados pelo tabagismo. Os custos diretos e totais médios atribuídos a essas mortes foram estimados em R$ 361 mil e R$ 796 mil, respectivamente.
Segundo o estudo, o Brasil gasta anualmente R$ 153,5 bilhões em danos provocados pelo tabagismo, o que equivale a 1,55% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. A arrecadação de impostos federais com o setor em 2022 foi de R$ 8 bilhões, cobrindo apenas 5,2% dos custos totais causados pelo tabagismo.
O tabagismo é responsável por 477 mortes por dia no Brasil, totalizando 174 mil óbitos evitáveis por ano, segundo o Inca. Além disso, o Ministério da Saúde ressalta que o cigarro eletrônico, proibido no Brasil desde 2009, continua atraindo adolescentes e jovens por meio de estratégias de marketing e apelo tecnológico.
Para auxiliar os fumantes a abandonarem o vício, o SUS disponibiliza tratamento gratuito para a dependência de nicotina em todo o país. Medicamentos como a terapia de reposição de nicotina e o cloridrato de bupropiona são oferecidos nas unidades básicas de saúde, com acompanhamento profissional e orientação em grupo. A iniciativa visa reduzir o impacto negativo do tabagismo na saúde da população brasileira.
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