São Paulo só empata com River em casa e se complica na Libertadores

Seis meses após a última partida do River Plate antes da pandemia, o São Paulo recebeu o time argentino no Morumbi disputando a chance de se aproximar da classificação no Grupo D da Libertadores. Empatado com o time argentino em três pontos, o Tricolor precisava aproveitar o fator casa, já que será visitante nas duas próximas e decisivas rodadas.

Em campo, o resultado não foi o esperado por Fernando Diniz – um São Paulo desanimado, que pouco agrediu o adversário sem ritmo de jogo, e chegou aos dois gols contra. Agora, o Tricolor tem duas pedreiras pela frente – a LDU, líder do grupo, na altitude do Equador, e o mesmo River Plate, na Argentina, antes de voltar ao Morumbi para enfrentar o Binacional.

O JOGO

O São Paulo contou com a sorte para abrir o placar diante do River no Morumbi. Pouco tempo depois de Hernanes tentar de fora da área, Reinaldo bateu meio sem jeito, mas com força em direção ao gol de Armani. A bola bateu em Enzo Pérez e mudou de direção, surpreendendo o goleiro. O gol não intimidou o time argentino – pelo contrário. Atrás no placar, o River adiantou sua marcação e partiu para o ataque, pressionando a zaga do Tricolor.

Em uma falha de marcação, Rafael Borré fez o gol de empate, aos 17 minutos, ao receber um cruzamento certeiro de Julián Alvarez. Livre de marcação, o jogador precisou apenas empurrar para o gol. Com o placar igual, o River Plate cresceu na partida, ajustou sua marcação, e obrigou o São Paulo a recuar. Como em alguns jogos do Brasileirão, faltou organização para o Tricolor se estabilizar na partida após abrir o placar. O time conseguiu se aproximar da defesa adversária novamente em uma jogada de Tchê Tchê, que deu em Hernanes. O camisa 15 finalizou rasteiro, Armani fez o golpe de vista e a bola saiu raspando a trave pelo lado esquerdo.

No fim da primeira etapa, os jogadores se estranharam porque Borré reclamou que o São Paulo não cumpriu o fair play quando um dos jogadores do River Plate ficou caído em campo. Na retomada do jogo, Tchê Tchê reclamou da distância do adversário da bola, e o árbitro deixou seguir. A confusão não parou nem com o apito final.

Nos primeiros minutos da segunda etapa, Igor Gomes apostou na bola de longa distância. O chute passou perto, à esquerda do gol. Ao invés de se aproveitar da falta de ritmo dos argentinos, acelerando o jogo, o time insistiu no estilo de jogo apresentado na primeira etapa, e o domínio voltou a ser do River. Aos 25 minutos, Igor Vinícius fez boa jogada pela direita, tabelou com Pablo e saiu na frente do gol. Sem confiança, ele preferiu o passe no meio ao invés do gol, e perdeu a chance de colocar o Tricolor mais uma vez a frente.

Depois de muito rondar a zaga são paulina, o River conseguiu marcar o segundo gol com Álvares, após cobrança de escanteio pela esquerda. A bola foi de um lado para o outro na área e sobrou para Quarta, que achou o camisa 9 livre. Ele bate de primeira, no canto superior de Volpi. Os primeiros sinais do cansaço começavam a aparecer quando, mais uma vez, o River Plate deu um presente ao São Paulo. O gol de empate – contra – foi marcado em um vacilo de Angileri. Em um cruzamento de Reinaldo na pequena área, o goleiro Armani espalmou para o meio, mas a bola acabou resvalando no lateral e morrendo no fundo do gol.

Empolgado, o Tricolor tentou a virada com Brenner, que mandou uma bola no meio do gol aos 42 minutos e aos 44, chutou de perna esquerda por cima do gol. Pelo lado do River, a chance perigosa veio com Pinola, que cabeceou livre contra o gol de Volpi, mas a bola passou por cima do gol.

O empate fez permanecer a situação das duas equipes na tabela do Grupo D. O River é o segundo, com quatro pontos, à frente do São Paulo, terceiro colocado, no saldo de gols. A LDU é líder com seis, e o Binacional, com três, o lanterna.

SÃO PAULO 2 X 2 RIVER PLATE

RIVER PLATE – Armani; Montiel, Martínez Quarta, Pinola e Angileri; Pérez (Sosa), Fernández (Leonardo Ponzio) e De La Cruz (Cristian Ferreira); Álvarez, Suárez (Carrascal) e Borré. Técnico: Marcelo Gallardo.

SÃO PAULO – Tiago Volpi; Igor Vinícius, Diego Costa, Léo e Reinaldo; Tchê Tchê, Hernanes e Igor Gomes; Gabriel Sara (Toró), Vitor Bueno (Paulinho Boia) e Pablo (Brenner). Técnico: Fernando Diniz.

GOLS – Enzo Pérez (contra – 9/1ºT), Rafael Borré (17/1ºT), Julián Álvarez (34/2ªT) e Fabrício Angileri (contra – 37/2ºT).

CARTÕES AMARELOS – Nicolás de la Cruz (32/1ºT), Diego Costa (10/2ºT), Igor Gomes (23/2ºT), Reinaldo (47/2ºT) e Carrascal (47/2ºT).

ÁRBITRO – Esteban Ostojich

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