Retorno das escolas com capacidade máxima se torna disputa entre governo e professores no Reino Unido

O retorno das escolas britânicas com capacidade máxima a partir do mês que vem se tornou numa grande disputa entre governo e professores. O país vem registrando ligeiro aumento de casos de coronavírus nas últimas semanas e os docentes ainda não estão seguros com a volta. Mas o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, fez uma promessa e parece determinado em seguir adiante: hoje mesmo ele vai visitar uma escola justamente para reafirmar a mensagem de que todos os alunos voltarão às aulas em setembro. Apesar da diretriz, cabe a cada um dos estabelecimentos de ensino determinar seus planos de contingência para o início do ano letivo. E alguns sindicatos já estão indicando que as escolas podem funcionar com semanas alternadas de aulas presenciais — isso se os casos de coronavírus continuarem crescendo e uma segunda onda de fato chegar ao país.

No domingo (9), o Reino Unido registrou 1.062 novos casos de Covid-19 — a maior alta diária em seis semanas. O governo conservador insiste, no entanto, que um estudo sendo finalizado indica que a transmissão do Covid-19 é pequena nas escolas. E que se desta vez, se de fato for necessário fechar a economia de novo, como já está ocorrendo em algumas regiões do Reino Unido, as escolas estarão no final da lista — depois do comércio, de bares e restaurantes. No início da pandemia ocorreu o contrário: as escolas foram as primeiras a fechar as portas por aqui, no dia 20 de março. Por isso, Boris Johnson insiste que o país tem o dever moral de retomar às aulas para todos os estudantes no início do ano letivo no mês que vem. Para o líder conservador, essa agora é a prioridade nacional.

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