Pelo menos 60 pessoas seguem desaparecidas após a explosão que devastou parte de Beirute, capital do Líbano. O porta-voz do governo libanês disse que as buscas por estas pessoas continuam, mas reconheceu que os números ainda estão sendo revisados. “Existem 25 corpos não identificados, mas não temos certeza se eles estão entre os 60 desaparecidos ou não”, afirmou. Ainda de acordo com o governo, 20% dos feridos na explosão precisaram ser hospitalizados, e cerca de 120 pessoas estão em estado grave de saúde.
Na última terça, um incêndio provocado por causas que estão sendo investigadas em um armazém no porto de Beirute, onde estavam armazenadas quase 3 mil toneladas de nitrato de amônio, causou uma grande explosão e uma onda de choque que atingiu casas a mais de 5 quilômetros de distância. Segundo o Ministério da Saúde libanês, o incidente matou pelo menos 154 pessoas e deixou mais de 5 mil feridos, sendo 120 em estado grave de saúde. Dezenas de milhares de pessoas ficaram desabrigadas e muitas delas estão recebendo ajuda de organizações internacionais que montaram tendas na área afetada.
Até agora, o diretor-geral da alfândega do país foi preso e o diretor do porto continua em prisão domiciliar, assim como pelo menos outras 15 pessoas, enquanto a investigação prossegue para apurar as causas do acidente. O presidente libanês, Michel Aoun, indicou que nenhuma hipótese está descartada para explicar a explosão e que deve ser determinado se o incidente ocorreu devido a um ato de negligência ou poderia ser devido a uma intervenção externa, um míssil “ou qualquer outro ato”.
Neste sábado, libaneses protestam contra a classe política do país, a quem culpam pela explosão ocorrida na última terça-feira e pela grave crise econômica que enfrentam, e exigem a renúncia de autoridades do governo. Manifestantes tentaram furar uma barreira da polícia e entrar no Parlamento libanês, mas a polícia reagiu e lançou bombas de gás lacrimogêneo contra o grupo.
*Com Agência EFE
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