O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmou, nesta quarta-feira, 2, que a proposta do novo programa social “Renda Brasil” formará uma ecossistema de oportunidades para a população. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, ele garantiu que todos terão noção da grandiosidade da proposta quando for apresentada, o que deve acontecer, segundo ele, “mais no final do ano”. “Quando a gente fez o programa tinha três grandes eixos, o constitucional, o eficiente e o fraterno. Quis o destino que o presidente Bolsonaro pudesse construir, em parceria com o parlamento, essa grande rede de proteção e pudesse mostrar a sua fraternidade para as pessoas. O que nós queremos é com o futuro Renda Brasil seja focado nas políticas públicas que vão promover um ecossistema de oportunidades e vai trabalhar com a história de vida das famílias, desde a criança no ventre da mãe até que essa criança saia da nona série preparada para enfrentar o mundo. É uma visão completamente diferente [do Bolsa Família], queremos promover pessoas, porque pessoas com independência fazem escolhas em direção da liberdade, que é o que nós representamos”, afirmou.
Onyx Lorenzoni destacou que mesmo trabalhando para a criação do programa e tendo anunciado a prorrogação do benefício emergencial, o governo nunca misturou o “auxílio com dividendos eleitorais”, reforçando sua crítica ao Partido dos Trabalhadores (PT), que na visão dele teria usado o Bolsa Família como um “instrumento político e eleitoral”. “Eu também fazia as mesmas críticas que o presidente [sobre o Bolsa Família], não fujo daquilo que defendi no passado e mantenho a minha coerência. Trabalhamos para mudar o Bolsa Família porque o programa perdeu a sua focalização, criando uma dependência artificial para garantir voto”, disse. A prorrogação do auxílio emergencial foi anunciada na terça-feira, 1, pelo presidente Jair Bolsonaro. A proposta de extensão contará com o pagamento de mais quatro parcelas de R$ 300 aos beneficiários, o que estenderá o apoio financeiro até o fim de 2020. No entanto, mesmo com a prorrogação, novos beneficiários não poderão ser incluídos no programa, que já atendeu mais de 67 milhões de brasileiros, como explica o ministro.
“Ao longo dos 90 dias em o aplicativo ficou no ar, segundo determinava a lei foi aprovada e sancionada pelo presidente em 2 de abril, processamos 140 milhões de CPFs. Ou seja, bem mais da metade da população se habilitou [para receber o benefício]. A lei tem limites, porque o auxílio foi focalizado nos mais vulneráveis, começando pelos beneficiários Bolsa Família, que são ultra vulneráveis e possuem renda mensal inferior a R$ 80, e foi feita uma expansão para atingir os invisíveis e os informais, que não possuem um trabalho regular. Nesse momento, estamos falando de 67 milhões que recebem o auxílio emergencial e mais 12 milhões que recebem o benefício emergencial [manutenção dos empregos]. Então já estamos falando de 79 milhões de pessoas que recebem algum benefício do governo”, reforça, alegando que a prorrogação foi determinada para manter a condição “de apoio até o final do ano”, já que a economia das cidades depende do movimento para a retomada das atividades econômicas. “Vamos entrar ano que vem com um programa mais vigoroso, com toda estrutura para fazer a emancipação das famílias. Vamos começar com o pé direito o ano de 2021”, diz. “
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