Projeto que proíbe criar animais para a extração de pele é aprovado pela ALMT; deputado diz que ‘prática é violenta e desumana’


A proposta segue para a sanção do governador Mauro Mendes (DEM) e, se sancionada, quem descumprir a lei será multado. Criação de jacarés em Cáceres
Secom-MT/Assessoria
Os deputados aprovaram em segunda votação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), nesta quarta-feira (2), o projeto de lei que proíbe a criação de animais para a extração de peles, no estado.
A proposta segue para a sanção do governador Mauro Mendes (DEM) e, se sancionada, quem descumprir a lei será multado.
Deputado Max Russi (PSB) argumentou que prática é cruel
ALMT
Autor do projeto, o deputado Max Russi (PSB) apresentou como justificativa que a indústria de peles sacrifica milhões de animais e que a extração de peles de animais é uma das práticas mais desumanas realizadas atualmente pela indústria têxtil.
“Nem mesmo as espécies protegidas ou animais domésticos estão livres de tal crueldade que faz da moda que usa peles de animais imoral e injustificável. Muitas pessoas não têm conhecimento do processo cruel ao quais os animais passam para se tornarem um casaco ou souvenir de pele, mas não há como negar que a indústria de pele é violenta, isto porque muitos animais que são reduzidos a artigos a artigos de vestuários levam uma vida de privação, sofrimento e morte”, argumentou.
Conforme o projeto, caso o animal for doméstico, ele deverá ser resgatado e doado a entidades de defesa e proteção que tenham mais de um ano de constituição e funcionamento ou a particulares, que obedeçam critérios de autoridade pública.
Em Mato Grosso, a criação de jacaré em cativeiro começou há aproximadamente três décadas, para a venda de pele e carne. Os grandes compradores da produção são a Europa e a América do Norte.
Em Cáceres, na região noroeste do estado, os fazendeiros se uniram e montaram uma cooperativa para a criação de jacarés em cativeiro.

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