A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro rejeitou, durante votação semipresencial, nesta quinta-feira, 3, o pedido de impeachment do prefeito Marcelo Crivella. Foram 25 votos contrários contra 23 pela abertura. Com o resultado, o pedido de impeachment é arquivado. O pedido foi feito pela bancada do PSOL após reportagem da TV Globo denunciar um esquema de intimidação da imprensa e de pessoas em hospitais municipais. Os “guardiões do Crivella”, segundo a reportagem, eram funcionários públicos que faziam plantão na porta de hospitais para atrapalhar reportagens no local e impedir denúncias de pacientes. Diversos grupos em aplicativos de mensagens monitoravam a imprensa e combinavam estratégias para impedir reportagens. O maior grupo era denominado “guardiões do Crivella”.
O vereador Dr. Jorge Manaia, ao votar, defendeu que “cabe ao poder público decidir se ocorreu crime” no caso. Já a vereadora Rosa Fernandes afirmou durante a sessão que “a Casa tem o dever de permitir a investigação dos fatos denunciados pela imprensa”. A Câmara Municipal tem 51 vereadores e o arquivamento do pedido se deu por maioria simples. A sessão durou cerca de 4 horas. Nesta terça, a Polícia Civil deflagrou a Operação Freedom com o objetivo de cumprir nove mandados de busca e apreensão contra envolvidos no esquema “guardiões do Crivella”. O inquérito foi aberto pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para apurar os crimes de atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública, associação criminosa e advocacia administrativa. O vereador Carlos Bolsonaro (Podemos), filho do presidente Jair Bolsonaro, votou pelo arquivamento do pedido.
#sessaosemipresencial Com 25 votos NÃO e 23 SIM, parlamento rejeita o acolhimento da denúncia contra o prefeito Crivella. Segue ao arquivo. Apesar de não ter sido registrado no placar, o voto do Dr. Marcos Paulo foi favorável à abertura do processo de impeachment. pic.twitter.com/vXsudpa3AQ
— Câmara Municipal Rio (@camarario) September 3, 2020
*Mais informações em instantes
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