O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 4,41% na primeira prévia de setembro, após ter aumentado 1,46% na primeira leitura de agosto. A informação foi divulgada nesta quinta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumulou elevação de 14,47% no ano de 2020 e alta de 18,01% em 12 meses.
A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a primeira prévia do IGP-M de setembro. O IPA-M, que representa os preços no atacado, aumentou 6,14% em setembro, ante um avanço de 1,85% na primeira medição do mês passado, no maior salto desde julho de 1994, quando o índice subiu 17,95%.
O IPC-M, que corresponde à inflação no varejo, subiu 0,35% na primeira leitura de setembro, depois da alta de 0,32% na prévia de agosto. Já o INCC-M, que mensura o custo da construção, teve avanço de 0,88% na primeira prévia deste mês, após uma elevação de 1,26% na primeira prévia de agosto.
A gasolina (alta de 2,76%) e as passagens aéreas (avanço de 6,74%) foram os itens que mais pressionaram a inflação ao consumidor na primeira prévia de setembro do IGP-M.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) saiu de um avanço de 0,32% no primeiro decêndio de agosto para uma elevação de 0,35% no primeiro decêndio de setembro.
Apenas duas das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação, que passou de queda de 0,93% na primeira prévia de agosto para aumento de 0,40% na primeira leitura de setembro. A passagem aérea saiu de recuo de 8,50% para alta de 6,74% no período.
Também foi computado acréscimo na taxa do grupo Habitação, de 0,29% para 0,37%, sob influência do item condomínio residencial, que passou de 0,09% para 0,63%.
Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Transportes (de 0,92% para 0,76%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,54% para 0,29%), Comunicação (de 0,41% para 0,01%), Vestuário (de -0,81% para -1,10%), Despesas Diversas (de 0,19% para 0,17%) e Alimentação (de 0,43% para 0,42%).
Os principais impactos partiram dos itens: automóvel novo (de 1,21% para 0,35%), medicamentos em geral (de 0,53% para -0,05%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de 0,90% para 0,00%), roupas (de -0,83% para -0,94%), conserto de bicicleta (de 2,54% para 0,75%) e refeições em bares e restaurantes (de 1,28% para -0,15%).
IPAs
Os preços dos produtos agropecuários – mensurados pelo IPA Agrícola – subiram 7,16% no atacado na primeira prévia do IGP-M de setembro. Na mesma leitura de agosto, houve um avanço de 1,93%, informou a FGV.
Os produtos industriais medidos pelo IPA Industrial no atacado aumentaram 5,76% na primeira prévia de setembro, ante elevação de 1,82% na mesma prévia do mês anterior.
Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os bens finais tiveram alta de 2,70% na primeira prévia de setembro, depois do aumento de 0,90% na mesma prévia de agosto.
Os preços dos bens intermediários tiveram elevação de 3,57% na prévia de setembro, ante uma alta de 2,30% na primeira prévia de agosto. Os preços das matérias-primas brutas subiram 11,37% na primeira leitura de setembro, após um aumento de 2,32% na mesma prévia de agosto.
O IGP-M é usado para reajuste de contratos de aluguel. O período de coleta de preços para cálculo do índice foi de 21 a 31 de agosto. No dado fechado do mês de agosto, o IGP-M teve elevação de 2,74%.
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