Apenas no fim de semana, dias 6 e 7 de setembro, foram identificados 31 novos focos de incêndio, vários deles de grandes proporções. Brigadistas tentam apagar incêndio no Xingu
Assessoria
Depois do Pantanal, agora é a vez do Xingu. Uma das regiões com maior concentração de biodiversidade florestal do país, o Alto Xingu, região que compreende mais de 26 mil hectares de propriedades rurais, terras indígenas e áreas de conservação no Norte do Mato Grosso, está em chamas.
Apenas no fim de semana, dias 6 e 7 de setembro, foram identificados 31 novos focos de incêndio, vários deles de grandes proporções. Os focos têm se alastrado rapidamente, colocando em risco fazendas e populações indígenas que vivem no Xingu. Na segunda-feira (7), líderes da etnia Kamayurá enviaram um pedido de socorro à ONG Aliança da Terra, que há mais de dez anos auxilia e treina os indígenas no combate aos incêndios florestais.
Em carta enviada à ONG, Mayaru Kamayura, herdeiro do cacique, e Kanawayuri Kamayura, conselheiro da Brigada Indígena, reforçam que, além do caráter de urgência do combate ao fogo, a etnia enfrenta ainda casos de infecção com a Covid-19. “Infelizmente vivemos o momento fragilizado na saúde da comunidade e na Brigada Kamayura”, afirmam no pedido de auxílio para conter as chamas nas áreas do lago Ypavu e Jacaré.
A Brigada Aliança, que já vem atuando no combate a focos de incêndio em outras regiões, iniciou a mobilização para atender ao pedido dos Kamayurás.
O trabalho dos brigadistas – uma equipe treinada pelo Serviço Florestal Norte-Americano e reconhecida internacionalmente pelo seu trabalho – é custeado por doações de empresas, parceiros e fundos, além de pessoas físicas, e vive o desafio de reunir recursos em um ano que combinou o cenário da pandemia e de um grande número de incêndios na região.
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