Crivella classifica operação que foi alvo como ‘estranha e injustificada’

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, classificou como “estranha e injustificada” a operação da qual foi alvo nesta quinta-feira (10) — promovida pelo Ministério Público e a Polícia Civil e que investiga suposto esquema de corrupção na administração municipal. Os agentes cumpriram 22 mandados de busca e apreensão em diversos endereços ligados ao prefeito, à Prefeitura e empresários. Eles estiveram no apartamento dele na Barra, no Palácio da Cidade e na sede administrativa da Prefeitura na Cidade Nova. O celular de Crivella foi apreendido para averiguação. A ação foi desdobramento de operação realizada em março, que apura a existência de uma organização criminosa e de um esquema de corrupção no âmbito da administração municipal carioca.

Entre os alvos também estão o tesoureiro de campanha de Crivella, Eduardo Lopes, e empresários ligados a ele — como Rafael Alves, irmão de Marcelo Alves da RioTur. Na primeira etapa da investigação, em março, foram apontadas suspeitas de irregularidades na RioTur — com suposta cobrança de vantagens indevidas por parte de agentes públicos. O prefeito disse, nesta quinta, que considerou a operação “estranha e injustificada”. Ele declarou que já tinha colocado sigilos à disposição das autoridades após a denuncia da semana passada — caso que ficou conhecido como Guardiões do Crivella. Segundo a Polícia do Rio de Janeiro, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão na casa de Rafael Alves, o telefone tocou. Do outro lado da linha estaria o prefeito Crivella — que iniciou conversa e, ao perceber que fala com um delegado, imediatamento desligou.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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