Em uma postura na direção totalmente oposta do afastado Wilson Witzel, o governador em exercício, Claudio Castro, está bem alinhado com a família Bolsonaro. Essa aproximação já estava sendo trabalhada antes mesmo do afastamento de Witzel e agora se sacramentou. Primeiro veio ajuda de Flávio Bolsonaro no processo de renovação do acordo de recuperação fiscal com o governo federal, que venceu este mês e a renovação está encaminhada. Depois, as viagens ao Distrito Federal para reuniões com membros do governo e a equipe econômica. Nesta quinta, Castro pegou uma carona no avião com Jair Bolsonaro para voltar ao Rio de Janeiro e, em evento das Forças Armadas. os dois ficaram juntos todo o tempo — cena inimaginável nos tempos de Witzel.
O governador afastado acusa a família Bolsonaro, inclusive, de ter uma ligação com a investigação da PGR que resultou no afastamento dele — que, por hora, parece ser algo irreversível. Castro pretende promover, em breve, uma mudança no secretariado em uma especie de reforma local. Especula-se que nomes ligados a família Bolsonaro possam ser contemplados com cargos. Oposicionistas acompanham com calma esse movimento e lembram que, no Rio de Janeiro, correm processos e investigações em casos importantes contra a família do presidente. São exemplos o caso da rachadinha na Alerj, que envolve Flávio Bolsonaro e o ex-assessor Fabrício Queiroz; um suposto crime eleitoral cometido também por Flávio na declaração de bens nas eleições; as investigação sobre o vazamento da Operação Furna da Onça; e a suspeita de contratação de funcionários fantasmas no gabinete de Carlos Bolsonaro — outro filho do presidente.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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