A Nasa lançou na quinta-feira, 10, um programa em que pretende pagar empresas para minerar fragmentos da Lua. A agência aeroespacial dos Estados Unidos anunciou que compraria rochas, poeira e outros materiais lunares. O administrador da Nasa, Jim Bridenstine, escreveu em rede social que os planos não violam um tratado de 1967, o qual afirma que os corpos celestes e o espaço estão isentos de reivindicações nacionais de propriedade. A iniciativa, que busca empresas que planejam enviar robôs para coletar recursos lunares, é parte do objetivo da Nasa de definir o que Bridenstine chamou de “normas de comportamento” no espaço e permitir a mineração privada na Lua – o que poderia ajudar futuras missões de astronautas.
A agência disse que os materiais se tornarão “propriedade exclusiva da Nasa” após a compra. Além disso, no programa Artemis, a administração do presidente Donald Trump prevê o retorno dos astronautas americanos à Lua em 2024. A Nasa lançou essa missão como um precursor para uma futura primeira viagem humana a Marte. “O resultado final é que vamos comprar um pouco de solo lunar para demonstrar que isso pode ser feito”, disse Bridenstine durante um evento organizado pela Secure World Foundation, uma organização de política espacial.
Em maio, a Nasa preparou o palco para um debate global sobre os princípios básicos que governam como as pessoas viverão e trabalharão na lua, divulgando as diretrizes do que a agência espera que se torne um pacto internacional para a exploração lunar. Isso permitiria que as empresas possuíssem os recursos lunares que extraem, um elemento crucial para que os empreiteiros da agência americana convertam o gelo da lua em combustível para foguetes ou coletem minerais lunares para construir plataformas de aterrissagem. Com a iniciativa divulgada na quinta, a Nasa ofereceu a compra de quantidades limitadas de recursos lunares e pediu às empresas que apresentem propostas.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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