A região central de Minsk, capital de Belarus, foi palco, neste domingo (13), de um novo protesto contra o presidente do país recentemente reeleito, Alexandr Lukashenko, que reuniu milhares de pessoas nas ruas. De acordo com a imprensa local, grande parte dos manifestantes estaria se dirigindo para a casa do chefe de governo, depois de iniciarem marcha na Avenida da Independência. Este é o quinto grande protesto desde as eleições de 9 de agosto, em que Lukashenko, no poder desde 1994, venceu pleito em que tinha Sviatlana Tsikhanouskaya como candidata da oposição unificada, com 80,1% dos votos.
Fontes consultadas pela Agência Efe indicaram que cerca de 150 mil pessoas participam do protesto, que, assim como os anteriores, não foi autorizada pela prefeitura de Minsk. No ato, é pedida a renúncia de Lukashenko, a convocatória de novas eleições, além da libertação dos membros do Conselho Coordenador, montado pela oposição para uma transição de poder no governo bielorrusso. Entre as detidas está Maria Kolesnikova, que se negou a ser expulsa do país, após ser abordada por homens encapuzados em Minsk, e foi enviada para uma prisão.
A polícia bielorrussa já anunciou que 250 pessoas foram detidas em diversos pontos da capital, por portarem bandeiras proibidas, em alusão ao símbolo vermelho e branco, referente à independência do país e também ao movimento opositor. A segurança no entorno da residência oficial da presidência, o Palácio da Independência, foi reforçada por veículos blindados. Além disso, atiradores de elite se posicionaram na região. Diversas ruas do entorno do edifício foram bloqueadas.
*Com Agência EFE
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