‘Prévia do PIB’ tem 3ª alta consecutiva, sobe 2,15% em julho, mas número fica abaixo do esperado

Após forte retração nos meses de março e abril causadas pela pandemia da Covid-19, a atividade econômica brasileira apresentou o terceiro mês consecutivo de alta. Segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira, 14, o Índice de Atividade (IBC-Br) subiu 2,15% em julho ante junho, na série já livre de influências sazonais. Em junho, o avanço havia sido de 5,32%, dado revisado. De junho para julho, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 128,10 pontos para 130,85 pontos na série dessazonalizada. Este é o maior patamar desde março deste ano, quando atingiu 131,76 pontos. Na comparação com julho de 2019, o índice apresenta baixa de 4,89% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 135,92 pontos em julho, o menor patamar para o mês desde 2009, 131,44 pontos.

Apesar do terceiro mês consecutivo de melhora na atividade econômica, o BC informou que o IBC-Br registrou queda de 2,71% no acumulado de maio a julho de 2020, na comparação com o trimestre de fevereiro a abril, pela série ajustada sazonalmente. O Banco Central informou ainda que o índice acumulou baixa de 8,23% no acumulado de maio a julho de 2020 ante o mesmo período de 2019, pela série sem ajustes sazonais. Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB“, o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2020 é de retração de 6,4%. Este cálculo foi divulgado por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho. No Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, a projeção é de queda de 5,11% do PIB em 2020. O Focus reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro.

*Com Estadão Conteúdo

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