Aos poucos, alguns jogos do Campeonato Brasileiro conseguem prender a atenção de espectadores que não estão dispostos a sofrer ou sorrir com seu time do coração, independente da qualidade do espetáculo, meio que cumprindo uma obrigação. Não são muitos, e precisamos reconhecer uma contribuição importante daqueles treinadores que não têm medo de jogar buscando a vitória, dando espaço e forçando o adversário a sair para o ataque também. Entendo os treinadores que trabalham com elencos tão limitados que não têm outra opção senão armar seus times para marcar e sair nos contra ataques, mas que não fiquem só lá atrás. Como alguém que gosta de futebol, quero ver o jogo bem jogado. Não cheio de firulas, mas com velocidade, intensidade e, claro, com organização, ou vamos ver apenas correria, sem nenhuma beleza.
Por enquanto, fico satisfeito em ver times jogando para vencer, atacando o adversário, e não apenas ficando lá atrás, jogando para não perder e esperando uma bola para ganhar de um a zero. Os últimos jogos do Santos na Vila Belmiro exemplificam a coragem do treinador que, sem um grande time ou elenco, não deixa de jogar pela vitória, mesmo que não venha. Vi 5 ou 6 jogos que valeram a pena. Ainda é pouco, mas comprova que é possível fazer mais e melhor. O São Paulo mostra partes de jogos bem agradáveis, mas ainda é muito irregular.
O Galo, que ataca o jogo inteiro, o Vasco, bem montado pelo Ramon e que tem uma entrega de dar gosto, Ceará e Fortaleza, que superam dificuldades e sempre intensos, vão crescendo. O Flamengo ainda tenta assimilar os conceitos do novo treinador e às vezes tropeça, mas ninguém duvida de seu potencial. E o Inter, do artilheiro Thiago Galhardo, oscila, mas lidera, sendo quase sempre competitivo. É, eu sei, há muito para melhorar, mas os exemplos estão aí. Santos x São Paulo, Vasco x Botafogo, Fluminense x Flamengo, Santos x Atlético-MG, para ficar somente nas últimas duas rodadas.
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