Ensino híbrido e a nova realidade da educação brasileira

Em um tempo que se observa a mais profunda transformação da sociedade mundial, a educação precisa ser muito mais flexível, digital, ativa, diversificada e híbrida. Os processos de aprendizagem são múltiplos, contínuos, híbridos, formais e informais, organizados e abertos, intencionais e não intencionais. A pandemia que estamos enfrentando vem transformando também a educação. Quebrando paradigmas, preconceitos, tabus e estigmas, trazendo uma nova e transformadora educação que já é anunciada. Também conhecido por blended learning, o ensino híbrido é uma das principais tendências da educação durante e pós-pandemia e, em sua raiz, está a combinação do ensino presencial com o aprendizado remoto. Assim, a volta às aulas pressupõe a combinação de atividades presenciais e não presenciais.

Essa modalidade não é temporária e nem pode ser considerada como modismo, pois as aulas, mesmo após a pandemia, deverão ser realizadas parte nas escolas e parte em casa ou em outros ambientes. Estamos partindo de um modelo de ensino extremamente analógico e presencial para um modelo digital e semipresencial, mesmo na educação básica. Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da educação híbrida em todas as etapas e modalidades da educação básica, recentemente foi criada a Associação Nacional de Educação Básica Híbrida (ANEBHI), que promoverá a formação e o desenvolvimento dos profissionais da educação brasileira.

A ANEBHI quer proporcionar a estes profissionais a apropriação dos estudos, das metodologias e tecnologias que contribuem para a melhoria da qualidade da educação básica do Brasil por meio do ensino híbrido. A associação também promoverá a disseminação do conhecimento científico advindo das boas experiências nacionais e internacionais da educação híbrida.

*Renato Casagrande é conferencista, palestrante, escritor, pesquisador e consultor em Educação, Gestão e Liderança no Ambiente Educacional. 

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