Balbuena projeta temporada melhor no West Ham e agradece ao Corinthians

O torcedor do Corinthians, tão maltratado por maus resultados nos últimos tempos, lembra com saudades do nome Fabián Balbuena, zagueiro que atualmente joga pelo West Ham, da Inglaterra. O defensor paraguaio deu uma entrevista exclusiva à Jovem Pan, em parceria com a Betway, para falar sobre o início da Premier League e comentar sua passagem vitoriosa pelo clube do Parque São Jorge. Balbuena chegou ao West Ham na temporada 2018/2019, depois de vestir por dois anos e meio a camisa do Corinthians, com a conquista de três títulos (Campeonato Paulista de 2017 e 2018 e Campeonato Brasileiro de 2017). Começando sua terceira temporada pelo clube inglês, o zagueiro paraguaio projeta uma campanha bem diferente na Premier League do que a anterior. “O final da temporada teve muitos jogos seguidos e a gente estava com a pressão de permanecer na Premier League. O treinador armou uma ideia de jogo e a gente está continuando com ela. É uma vantagem para nós já saber o que o treinador quer. Como não teve muitas mudanças, acho que é importante para a equipe, não tem caras novas, o conhecimento praticamente já está instalado”, afirmou Balbuena.

O West Ham terminou a temporada 2019/2020 na 16ª colocação, com 39 pontos, cinco a mais do que o Bournemouth, que foi rebaixado para a Championship. “Acho que vai dar certo, a gente está confiante para o começo dessa temporada. É tentar fazer o melhor para conseguir resultados bons para poder no começo ter essa confiança de ganhar jogos”, disse.  “O West Ham não contratou ninguém, está procurando ainda. Na prévia, vão colocar o West Ham lá embaixo. Mas nunca se sabe. Ano retrasado, o Fulham investiu muito dinheiro em contratações e acabou caindo. Isso não faz muita diferença. A esperança é fazer uma temporada melhor do que o ano passado e a gente tem tudo para isso aí”, cravou o paraguaio, esbanjando confiança.

Recado corintiano

Balbuena é um dos símbolos da última fase vitoriosa do Corinthians. Sob o comando do técnico Fábio Carille, o zagueiro paraguaio se firmou como um dos líderes da equipe, ganhando a braçadeira de capitão em diversas oportunidades. O Alvinegro é o time pelo qual o zagueirão mais vestiu a camisa. Foram 136 jogos. E todo o carinho que a torcida corintiana deu ao paraguaio é recíproco. “O que posso dizer para o torcedor do Corinthians é muito obrigado. O carinho que recebi e ainda recebo é muito grande ainda. Não sei se sou merecedor de tanto carinho assim. Minha passagem pelo Corinthians foi boa, quase três anos e ganhei três títulos. Passei muitos momentos bons lá. Fiz muitas boas amizades”, agradeceu.

E, claro, Balbuena não poderia deixar de falar sobre uma possível volta ao Timão. O zagueiro tem apenas 29 anos e o contrato com o West Ham vai até o final desta temporada, mas disse que se vê jogando no Corinthians novamente um dia. “Nos lugares onde você passou momentos felizes, você sempre pensa em voltar. Nunca se sabe o que pode acontecer lá na frente, o meu desejo é voltar logicamente um dia, mas não posso cravar, falar que daqui um ano, dois anos, vou voltar. Daí chega o momento e eu não volto e vou sair como mentiroso. O futuro ninguém sabe o que vai acontecer, mas estou esperançoso de voltar. Desejo voltar um dia, mas vamos ver o que acontece mais lá na frente”, afirmou.

Experiência na Inglaterra

A Premier League começou sua atual temporada sem público devido à pandemia do coronavírus, mas existe a possibilidade do retorno dos torcedores já em outubro. Balbuena disse estar ansioso por essa volta e confessou: “jogar sem torcida é muito chato”. “Logicamente vai melhorar o espetáculo, todos nós estamos esperando que isso possa acontecer. Logicamente prevendo todos os cuidados e prevenções para eles voltarem. Jogar sem torcida é muito chato. Se você perguntar para qualquer jogador, vai falar a mesma coisa. Todo mundo está com uma expectativa grande para ter os torcedores de volta aos estádios, e logicamente nós do West Ham sabemos que nossos torcedores sempre vão apoiar. Eles são uma motivação a mais para nós quando jogamos”, afirmou.

O zagueiro, com passagens também por Nacional e Libertad, dois dos principais times paraguaios, comparou a experiência dos estádios e das torcidas na Inglaterra e na América do Sul. “Aqui todos os estádios são bons, alguns menores do que outros, mas são lindos. Tem a comodidade para os torcedores. Na América do Sul, só os times grandes têm essas comodidades, e nem todos. Os campos de futebol na Premier League são todos bons, não tem nenhum campo ruim. Na América do Sul, alguns times têm esse problema com o gramado do estádio”, comentou.

“Não sei se é cultural dos ingleses, mas eles vão para desfrutar mais o futebol. Vão cedo no bar tomar as cervejas deles, ficam até o horário do jogo. Após o jogo, vão de novo tomar a cerveja. Só torcer pelo time. Se perder, não tem esses xingamentos que tem na América do Sul. Na hora de apoiar, é a mesma coisa. Em comparação ao Corinthians e West Ham, os caras são malucos pelo clube. Torcem e vão a qualquer lugar para torcer pelo time. Mas quando perde, acho que a cobrança é maior na América do Sul do que aqui”, concluiu.

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