As reclamações recebidas pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) praticamente sobraram na pandemia. O diretor da Proteste, Henrique Lian destaca a aquisição de bens de consumo durante o período de isolamento social e a adesão ao home office. “Muitas lojas foram entrantes do e-commerce, elas começaram a vender nesta modalidade agora, justamente pela pandemia. E quando a gente implanta um sistema novo, o número de erros e de problemas, evidentemente, é maior”, explica. O perfil das reclamações também mudou, explica o diretor. O setor das telecomunicações também foi superado por outras atividades, que passaram a receber mais queixas dos consumidores. “Lazer, pelo cancelamento de eventos e atividades culturais e esportivas, cancelamento de viagens, voos e hotéis e serviços financeiros, que são muito digitalizados, mas não foram suficientemente claros na sua comunicação, especialmente quanto ao crédito imobiliário”, afirma. De janeiro a agosto de 2019, foram 12 mil reclamações contra 21 mil no mesmo período de 2020.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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