A Comissão do impeachment de Wilson Witzel deve aprovar, nesta quinta-feira na Alerj, o parecer do relator que é favorável ao afastamento do governador — que já foi desligado das funções por determinação do STJ. A comissão é formada por 25 deputados e, segundo fontes da Jovem Pan, ampla maioria é favorável ao afastamento. O processo de impeachment pode ser comparado com um jogo de três tempos: nesta quinta, será o primeiro deles. A comissão que investiga supostas fraudes e irregularidades do governo estadual precisa, para aprovar o afastamento, apenas maioria simples.
Segundo o deputado do PSB, Renan Ferreirinha, as provas contra ele são fortes e contundentes — e a comissão deve mesmo aprovar o relatório. Mas o jogo não acaba por aí: o segundo tempo aconteceria na próxima semana, no plenário da Alerj, onde os 75 deputados votarão pelo afastamento de Wilson Witzel. Para que isso aconteça na prática são necessários 2/3 dos votos. Se o afastamento se confirmar, ele ainda tem mais uma chance: se for afastado pelo plenário, será construída uma comissão especial com 10 integrantes. Para que ele perca o mandato, são necessários 7 dos 10 votos. Parece muito, mas o time dele entra na disputa desfalcado e pendurado com muitos cartões amarelos.
Wilson Witzel fez um apelo na ultima quarta-feira (16) para não ser afastado ou cassado. “Combati a corrupção e várias dessas organizações criminosas que vinham atuando estão perdendo espaço. Por isso que me querem fora do governo. Peço ao povo do Rio de Janeiro e ao parlamento que não deixe acontecer. O governador precisa terminar seu mandato.” Para completar a sina o governador em exercício, Cláudio Castro, foi citado na última semana em uma investigação de propina na Cidade e no Estado do Rio de Janeiro. Dia após dia vem surgindo novas denúncias de que ele faria parte do esquema de Witzel.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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