Após aumento de casos de Covid-19, Inglaterra adota ‘lockdown parcial’

O aumento expressivo de casos de coronavírus na Inglaterra está fazendo com que a quarentena volte aos poucos e de forma localizada. Depois das medidas de restrição adotadas em áreas como Manchester e Birmingham, agora é a vez do nordeste inglês. Novas regras de distanciamento social vão passar a valer a partir da meia-noite para cidades como Newcastle e Sunderland. No total, cerca de dois milhões de pessoas serão afetadas pelo lockdown parcial. Entre as regras estão o fechamento mais cedo dos pubs: a partir das 22 horas os tradicionais bares ingleses terão que baixar as portas. A utilização de transporte público deve ser restrita para viagens essenciais apenas e os encontros com pessoas que não moram na mesma casa serão proibidos.

O Reino Unido registrou cerca de quatro mil novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas — um patamar alto e que está crescendo de forma descontrolada nas últimas semanas. Estatísticas divulgadas nesta quinta-feira (17) apontam que a reabertura das escolas também está sendo mais complicada que o imaginado. Cerca de 25 mil professores ao redor do país estão afastados do trabalho por terem que cumprir quarentena após apresentarem sintomas ou ter contato com pessoas contaminadas por Covid-19. Só na Inglaterra já são 740 escolas que estão fechadas ou parcialmente fechadas por conta dos casos de coronavírus — o que na prática significa que milhares de alunos continuam sem aulas mesmo depois da reabertura total dos estabelecimentos de ensino.

Ao mesmo tempo a procura por testes disparou e a Grã Bretanha enfrenta sérias dificuldades outra vez para conseguir oferecer os exames de Covid-19 na rede pública. A segunda onda de contaminações aqui na Europa é cada vez mais evidente. Na Espanha e na França os casos de coronavírus continuam em patamares bastante altos e os países também vem adotando novas medidas de distanciamento social. Apesar disso, novas quarentenas generalizadas seguem como última opção por enquanto – tanto por questões econômicas, quanto de saúde mental da população.

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