O grupo Latam apresentou ao Tribunal do Distrito Sul de Nova York uma proposta modificada do financiamento DIP (debtor in possession na sigla em inglês) no âmbito do seu plano de recuperação judicial, que permite que o grupo tenha acesso aos US$ 2,45 bilhões necessários para enfrentar os impactos causados pela pandemia da Covid-19. A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira (17). No modelo DIP, o credor que concedeu o financiamento tem prioridade no recebimento perante os outros.
Na nova proposta apresentada pela Latam, o grupo retirou do tranche C a cláusula que abria espaço para conversão do valor a ser emprestado pelos controladores em ações, com desconto de 20%. A brecha foi determinante para que o juiz James L. Garrity Jr., da corte de falência de Nova York, votasse contra o processo. Entre as mudanças, o tranche C agora será composto por até US$ 1,15 bilhão (antes era de até US$ 1,5 bilhão), sendo US$ 750 milhões fornecidos pela Qatar Airways e pelos Grupos Cueto e Eblen e US$ 250 milhões pela Knighthead Capital. Além disso, há a inclusão da participação de acionistas minoritários da Latam por até US$ 150 milhões. “Caso esse valor não seja atingido, o diferencial será fornecido pelos credores da Tranche C”, explicou a empresa.
Já no tranche A, o valor de até US$ 1,3 bilhão continuará a ser liderado pela Oaktree Capital Management, L.P. que contribuirá com US$ 1,125 bilhão, enquanto a Knighthead Capital participará com US$ 175 milhões. “A Latam está aguardando determinação do Tribunal em relação à proposta de financiamento DIP modificada”, disse a empresa.
*Com Estadão Conteúdo
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