Presos devem trabalhar como brigadistas para apagar incêndios em mais duas cidades de MT


parceria deve ser ampliada não só na região metropolitana, mas expandir para Sinop e Barra do Garças. Aula prática de combate aos incêndios para os detentos que vão atuar em Poconé
Mayke Toscano/Secom-M
O uso da mão-de-obra dos presos como brigadistas para apagar incêncios, deve ser feito também em outras cidades de Mato Grosso. ara que eles auxiliem no combate às queimadas urbanas em Mato Grosso.
Os detentos do Complexo Penitenciário Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, passaram por dois dias de capacitação para começarem a partir desta sexta-feira (14) a combater o fogo na área urbana de Poconé.
A iniciativa partiu da juíza de Poconé que, diante do agravamento da situação no Pantanal, firmou a parceria junto a Vara de Execução Penal e a Secretaria de Estado de Segurança Pública, por meio da Adjunta de Administração Penitenciária.
Contudo, com a chegada de bombeiros do Mato Grosso do Sul e as Forças Armadas na força-tarefa da Operação Pantanal 2, a mão de obra dos presos brigadistas será utilizada na área urbana da cidade.
Os recuperandos são todos voluntários e beneficiados com a remição da pena, ou seja, a cada três dias trabalhados, é um dia a menos na pena.
Os presos são acompanhados pelos policiais penais e selecionados pela direção e por uma equipe psicossocial, conforme o perfil. Eles saem da unidade com tornozeleira eletrônica.
O secretário adjunto de Administração Penitenciária, Emanoel Flores, disse que essa parceria deve ser ampliada não só na região metropolitana, mas expandir para Sinop e Barra do Garças.
O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Alessandro Borges, disse que o projeto de treinar presos em brigadistas é interessante porque em agosto e setembro há necessidade de um contingente maior de pessoas para fazer esse enfrentamento.
Ressocialização
Otávio Figueiredo Brandão é um dos presos que se voluntariou para atuar no combate às queimadas urbanas. Ele nunca passou por um treinamento como esse ou precisou combater o fogo na vida. Apesar do cansaço e das dificuldades, ele enxerga como uma experiência nova mesmo em meio ao fogo, calor e fumaça.
“A gente está tentando ressocializar e salvar a pátria da gente, que é o Pantanal mato-grossense. A gente está mostrando que os reeducandos são diferentes do que a sociedade pensa da gente. A gente está aqui para combater e ajudar a sociedade e o pantanal mato-grossense. Para ter uma nova chance na sociedade e mostrar que a gente mudou realmente”, conta.

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