Irmão que doou rim para professora tem sequelas da Covid-19 e ela faz vaquinha para ajudá-lo em MT


Técnico em telecomunicações passou 58 dias internado com a doença. Edmilson e a irmã recebem acompanhamento depois de transplante
Arquivo pessoal
O técnico em telecomunicações Edmilson Feliciano da Silva, de 47 anos, doou um rim para a irmã, em 2011, que teve insuficiência renal crônica. Durante a pandemia do novo coronavírus, ele contraiu a doença e passou 58 dias internado em um hospital particular de Rondonópolis, onde mora.
Depois disso, ele ficou sequelas e a família precisou adaptar a casa para recebê-lo de volta. A irmã criou uma vaquinha online para custear as despesas.
A irmã dele, a professora Christiane Aparecida Saturnina da Silva, de 43 anos, descobriu que tinha insuficiência renal crônica, em 2011. Ela entrou na fila de doação de órgãos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e começou a fazer hemodiálise até encontrar um doador compatível.
Toda a família foi testada e os exames apontaram compatibilidade com Christiane, mas o irmão do meio, Edmilson, foi o mais compatível. Eles iniciaram os procedimentos para fazer o transplante e, no dia 28 de outubro, foi feita cirurgia.
Ele ficou 58 dias internado em hospital de Rondonópolis
Arquivo pessoal
Ela fez o transplante renal em um hospital em São Paulo e a cada três meses precisa voltar para fazer exames e segue um tratamento contínuo, mas não depende mais da hemodiálise, graças ao transplante do irmão.
Nesse período de pandemia, o tratamento foi suspenso, mas desde janeiro começou a receber acompanhamento medico remoto, tomando todos os cuidados necessários para não contrair Covid-19.
Edmilson esta em home care e precisa de ajuda para adaptar casa
Arquivo pessoal
Dos 58 dias que ele ficou internado, 33 dias esteve intubado. Durante esse tempo, ele teve fibrose pulmonar decorrente do vírus. Hoje, ele depende 100% do oxigênio e teve sequelas motoras, ele depende da família para ajudar a tomar banho, comer e fazer coisas básicas do dia. Além disso, ele é viúvo e tem dois filhos.
“Muitas pessoas acompanharam a minha história, nos ajudaram financeiramente para eu me manter em São Paulo. E isso é o mínimo que eu posso fazer por ele porque salvou a minha vida e fazer com que ele volte a andar, volte a ser ativo novamente. É um tratamento muito longo, mas a cada dia ele está tendo pequenos progressos. Espero que em novembro, dezembro ele já consiga voltar a andar”, afirma.
Segundo Christiane, ele esta em home care , faz fisioterapia, mas a família não tem condições financeiras para outras despesas porque foi preciso adaptar o quarto para ele, comprar medicamentos e resolveram criar uma vaquinha online para conseguir manter e custear as adaptações.
”Tem muita gente ajudando com alimentos. Ele ficou afastado muitos dias e ficou sem salário, precisa de cadeira de rodas, andador, cadeira de banho, alimento”, afirma.

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