Governo de MT pede ao governo federal liberação de militares da Força Nacional para atuar no combate aos incêndios florestais


Mauro Mendes argumentou que estado enfrenta uma das piores ondas de incêndios dos últimos anos e atingiram cerca de 20% do Pantanal. Mauro Mendes se encontrou com o ministro da Justiça, Rogério Marinho, na semana passada
Mayke Toscano/Secom-MT
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), enviou nesta segunda-feira (21) um ofício ao ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, solicitando a liberação de aeronaves e tropas militares da Força Nacional de Segurança Pública para auxiliar no combate aos incêndios florestais no estado.
De acordo com o governo do estado, o pedido já havia sido feito por telefone na semana passada, mas agora foi formalizado.
No mês passado, o secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, também havia solicitado reforço.
5 pontos sobre as queimadas no Pantanal
No documento, o governo afirma que Mato Grosso enfrenta uma das piores ondas de incêndios dos últimos anos, atingindo cerca de 20% do pantanal.
“Objetivando evitar um prejuízo ainda maior do que o já causado em nosso Estado, e ao Brasil, solicito o apoio da Força Nacional de Segurança Pública, com a disponibilização de aeronaves especializadas e profissionais qualificados para, em apoio aos que já atuam na região, auxiliem no controle dos focos de incêndio e extinção das queimadas, sob Coordenação do Comitê Multiagências de Coordenação Operacional (CIMAN/MT)”, pede.
O governo afirma já ter gasto mais de R$ 22 milhões no combate a incêndios e que mais de 2500 profissionais estão envolvidos nesse trabalho, entre eles bombeiros militares, voluntários, integrantes da Defesa Civil e do Exército, mas que as condições climáticas desfavoráveis, como a baixa umidade e falta de chuvas, estão prejudicando o combate ao fogo.
Estão sendo utilizados seis aeronaves (mais duas na próxima semana), três helicópteros, mais de 40 viaturas, maquinário e caminhões-pipa.
Incêndio no Pantanal
As queimadas que já destroem o Pantanal mato-grossense – considerada a maior planície inundável do mundo – há quase dois meses causaram os maiores danos da história. Esse é o maior incêndio registrado na região pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desde que o monitoramento começou a ser feito, em 1998.
Segundo o Inpe, neste ano, foram identificados 15.756 focos de calor no Pantanal. Antes disso, o maior número tinha sido registrado em 2005, 12.536 focos.
O incêndio começou no dia 21 de julho e já são quase dois meses em chamas.
O fogo teve início na região de Poconé e já são mais de 1.740.000 hectares queimados em Mato Grosso até o dia 13 de setembro. O Pantanal já registrou o maior número de focos de incêndio, desde então. Foram 5.603 focos até o dia 16 de setembro.
Brigadistas, bombeiros e oficiais da Marinha ajudam no combate ao incêndio.
Apenas nos primeiros 16 dias deste mês, foram detectados 5.603 focos de calor contra 5.498 registrados no mês inteiro de setembro em 2007 – o recorde para o mês até este ano.
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