Governo de SP vai oferecer cursos grátis para motofretistas financiado com dinheiro das multas

O Governo do Estado de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (21) o programa Motofretista Seguro, que prevê uma oferta de crédito adicional, através do Banco do Povo, para os profissionais que usam a moto como fonte de renda e oportunidade. De acordo com o governador João Doria, o setor de delivery registrou um crescimento extraordinário na pandemia — e uma forte adesão de novos usuários de motocicletas na qualidade de motofretista para entregar alimentos e outros produtos.

Entre os benefícios para a categoria, estão: cursos gratuitos de reciclagem profissional, financiados com o dinheiro das multas; e crédito a juros baixos para compra de novas motos, recuperação de motos antigas e aquisição de equipamentos de segurança. Serão disponibilizadas duas linhas de crédito: uma para os informais e outra para MEI. Além disso, o Detran vai promover um duplo programa de regularização para quem ainda não tem a CNH adequada para cumprir a função. “É uma profissão e exige uma carteira específica. O Detran vai facilitar isso, com todas as informações online”, disse Doria.

A primeira linha de crédito, disponibilizada aos informais em forma de capital de giro, terá limite de R$ 3 mil com juros de 1% ao mês. O prazo para pagamento é de 24 meses, com carência de 60 dias. Já para investimento fixo o pagamento pode ser feito em 24 meses, com carência de 90 dias. Aos motofretistas que já possuem o MEI, o crédito é maior: R$ 8,1 mil. A taxa de juros, nesse caso, cai: entre 0,35% e 0,7% ao mês. De acordo com a secretaria de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, esse é um incentivo para que os trabalhadores queiram se regularizar na profissão.

Doria ressaltou que o objetivo do programa criado, anunciado nesta segunda, tem o objetivo de reduzir o número de acidentes e óbitos, além de estimular o crescimento da categoria mesmo após a pandemia. O Estado de São Paulo tem, nesta segunda-feira (21), 937.332 casos confirmados da Covid-19 e 33.984 mortes. A taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 47,7% no Estado e em 47% na Grande São Paulo. Quanto aos internados, 3.945 estão em UTI e 5.127 em enfermarias — entre casos confirmados e suspeitos.

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