O presidente Jair Bolsonaro deve discursar nesta terça-feira, 22, na abertura da 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e abordará as questões ambientais do Brasil, como as queimadas na Floresta Amazônica e no Pantanal. Os comentaristas do 3 em 1, da Jovem Pan, analisaram as possíveis opções de discurso do presidente. Países e organizações internacionais têm pressionado e criticado o governo pela postura adotada diante de questões ambientais. Mais cedo, durante audiência pública sobre o meio ambiente, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, afirmou que há “interesses ocultos” que usam o meio ambiente para prejudicar o Brasil. Para Rodrigo Constantino, é provável que o ministro esteja certo.
“Duas coisas podem ser verdade ao mesmo tempo. O governo federal merece críticas e ao mesmo tempo pode ser verdade aquilo que o general Heleno disse e até mesmo interesse em derrubar o governo. A ONU mascara de quatro técnico o que é ideologia pura ou politicagem barata. A ONU virou uma piada de mau gosto e não é levada a sério por gente sério. Eu gostaria de ver o presidente falando grosso, mas entendo o jogo que precisa ser jogado. Muitas críticas são infundadas. O presidente deve manter o equilíbrio entre as duas posturas, e deve falar firme e explicar com dados porque as críticas são bastante injustas e exageradas, para dizer o mínimo”, avaliou.
Já Josias de Souza afirma que não deve existir muitas diferenças do que houve há um ano – quando Bolsonaro discursou na ONU. “O presidente esteve na ONU há um ano e essa temática [ambiental] foi o ponto alto dele. No entanto, não houve ação e as críticas aumentaram muito. Para ele, o mundo deveria enxergar o Brasil como exemplo, mas o mundo discorda desse ponto de vista, pelo que vemos”, disse. Para Josias, o presidente “lida de forma inadequada com fenômenos que acontece todo o ano e isso provoca danos ao meio ambiente e ao país. O Brasil precisa vivamente de investimentos e o número de críticas só aumenta”, avaliou. Na avaliação de Luiz Carlos Azedo, o presidente adotou “um conceito errado para lidar com questão ambiental” e “quando se erra o conceita, toda a estratégia está errada também”. “Ele vai ficar se explicando e a realidade é que os fatos são teimosos. Agora falam na compra de satélites, o mundo todo tem satélite e acontece o que acontece na Amazônia. A perspectiva de desenvolvimento da Amazônia é atrasada. Ele quer explorar minério na Amazônia, e o mundo está passando por uma revisão em termos de desenvolvimento. Os investidores irão para os países que estão descarbonizando e o Brasil está ficando pra trás”, afirmou.
Confira a íntegra do 3 em 1 desta segunda-feira, 21:
Compartilhe