A maioria dos desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) votou, nesta segunda-feira (21), pela inelegibilidade do prefeito da capital fluminense, Marcelo Crivella (Republicanos), até 2026. O julgamento, no entanto, só será finalizado na quinta-feira (24), após pedido de vistas do desembargador Vitor Marcelo Rodrigues. O processo vem após investigação do Ministério Público de que Crivella teria pedido, em 2018, votos a funcionários da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) em candidatos de seu partido, incluindo o próprio filho, Marcelo Hodge, que concorria à Câmara dos Deputados. Segundo denúncia do PSOL, os funcionários foram levados ao local do comício com carros oficiais e durante o expediente. O prefeito é acusado abuso de poder político e improbidade administrativa.
Apesar da decisão do TRE, Crivella não terá o mandato cassado. O relator do caso, Cláudio Dell’Orto, pediu o prosseguimento da acusação de abuso de poder político, entre outras, e foi seguido por cinco dos outros seis desembargadores da Corte – apenas Rodrigues, que pediu vistas, não votou com o relator. O processo também tira os direitos políticos de Marcelo Hodge, que não se elegeu em 2018. Por enquanto, a determinação não tira Marcelo Crivella das eleições deste ano. Candidato à reeleição no Rio, o prefeito pode disputar o pleito até que todos os recursos estejam esgotados. Ele ainda pode tentar reverter a decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Supremo Tribunal Federal (STF).
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