Em discurso de abertura na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, 22, que o Brasil é “vítima de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre Amazônia e Pantanal”, em relação a informações sobre desmatamento ilegal e queimadas nas áreas. Segundo Bolsonaro, há um movimento para descreditar o Brasil porque o país está se tornando o líder mundial em produção de alimentos, e a “campanha” é “escorada em interesses escusos” e tem o apoio de associações brasileiras que querem “prejudicar o governo”. Os comentarista do programa 3 em 1, da Jovem Pan, analisaram a fala do presidente e a repercussão causada após o discurso. Para Rodrigo Constantino, o presidente “usou um tom sereno, porém firme e mostrou que o Brasil tem um presidente que não se curva a pressões globalistas.
Segundo ele, Bolsonaro é apontado como “culpado por tudo, pela pandemia, pelas queimadas e desmatamento e pelas mortes. O ponto principal do discurso foi mostrar que o Brasil tem a soberania nacional protegida. Ele trouxe dados e mostrou com números que o Brasil preserva florestas e tem um agronegócio pujante”. Já Josias de Souza acredita que o presidente o discurso adotado pelo presidente “é o enredo que ele vem ensaiando para 2022. Nesse roteiro, a culpa é sempre do outro”. “Todos são culpados, menos o Bolsonaro. O Bolsonaro exaltou o auxílio emergencial, mas não mencionou que o Congresso aumentou os valores. Falou um pé na realidade. O presidente, certamente, não é culpado por tudo, mas o que se questiona é a forma como esse governo se comportas diante desses fenômenos”, avaliou.
Para Thaís Oyama, o presidente passou a imagem de “Bolsonaro, o perseguido”. “Duas pessoas foram fundamentais para escrever esse discurso do Bolsonaro: o general Heleno [ministro do GSI] e o Filipe Martins, assessor do governo para assuntos internacionais e olavista. Ele falou que todos o perseguem, imprensa, STF, governadores. Todos perseguem ele e o Brasil. Nesses delírios, a realidade é o que menos importa”, comentou. Segundo ela, Bolsonaro “desinforma pela omissão ao afirmar que as queimadas são provocadas por índios e cablocos” e que o discurso não foi para o “público interno”, mas sim porque “ele acredita no que diz e nas próprias fabulações e fantasia”.
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