A CBF informou nesta terça-feira que vai se reunir com os 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro para definir a volta dos torcedores aos estádios de todo o país. O campeonato foi iniciado em agosto, e sem a presença de público, em razão da pandemia do novo coronavírus. O anúncio foi uma consequência de um parecer favorável do Ministério da Saúde para a volta já no mês de outubro. Segundo um estudo do Governo Federal, há previsão de uso de até 30% da capacidade das arenas.
“O próximo passo para o desenvolvimento deste plano será a realização de uma reunião com os clubes disputantes da Série A para discussão do tema, a realizar-se na próxima quinta-feira, 24, às 16h30, por videoconferência, seguida do início da consulta às autoridades estaduais e municipais responsáveis”, anunciou a CBF, em comunicado. Ainda não há data definida para esta primeira reabertura indicada pelo ministério.
Nas últimas semanas, a CBF havia elaborado um rascunho da proposta com informações preliminares. O conteúdo trazia principalmente a limitação para somente a torcida mandante frequentar as partidas, não contemplando as séries B, C e D. A intenção é aprofundar a discussão com os clubes para que um protocolo de conduta mais rígido de conduta e cuidados com o distanciamento social seja elaborado.
Alguns times incentivam o retorno principalmente por conta dos problemas financeiros causados pela falta de bilheteria. Clubes como Palmeiras, Corinthians e Flamengo chegavam a contar com mais de R$ 2,5 milhões de renda por apresentação. Com os portões fechados desde o início da competição, as equipes contabilizam prejuízos. A CBF avalia uma forma de conseguir abrir os portões em todos os Estados para que não haja desequilíbrio. O que a entidade não quer é que determinada equipe tenha torcedores em seu estádio, e outra não.
O que dizem os especialistas
A discussão, de acordo com especialistas, diz respeito dessa volta da torcida. Em julho, profissionais da área médica não admitiam sequer a possibilidade da abertura ao público de eventos esportivos. “Torcedor no estádio é um problema. Por mais que se reduza a capacidade das arenas, por exemplo, em 50%, teremos de estudar uma logística de entrada e saída para evitar aglomeração. É natural existir um afunilamento nos portões e isso é extremamente perigoso”, alertou Jean Gorinchteyn, infectologista e atual secretário estadual de Saúde.
*Com Estadão Conteúdo
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