CoronaVac não teve efeitos colaterais para 94,7% dos voluntários, diz estudo chinês

O governo do Estado de São Paulo anunciou, nesta quarta-feira (23), resultados de um estudo chinês que mostrou que 94,7% dos mais de 50 mil voluntários da CoronaVac, na China, não apresentaram nenhum sintoma adversos em relação à vacina. No Brasil, ela está sendo testada pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac. Segundo o governador João Doria, o resultado dos estudos clínicos mostram apenas 5,3% de efeitos de baixa gravidade — como é o caso da dor no braço, no local da aplicação da injeção. “Esses resultados comprovam um excelente perfil de segurança”, afirmou.

A CoronaVac é uma das oito possíveis vacinas contra a Covid-19 mais promissoras em fase final de testes e desenvolvimento. “Desde o dia 21 de julho, no Brasil, não tivemos registro de reações adversas graves. Além de segura, ela é altamente eficiente”, completou Doria, ao dizer que também torce pelo sucesso das outras vacinas que estão sendo testadas. “Quanto mais vacinas forem aprovadas pela Anvisa, mais brasileiros serão salvos.” Na China, a CoronaVac apresentou eficiência de 98% na imunização.

O governador João Doria anunciou também que o primeiro lote de vacina, com 5 milhões de doses, chega ao Instituto Butantan em outubro. “Deveremos, por óbvio, aguardar a terceira e última fase de testagem — além dos resultados e a aprovação da Anvisa“, disse. Mas, de acordo com o governador, ao que tudo indica, na segunda quinzena de dezembro a CoronaVac já deve ser aplicada na população de acordo com os critérios adotados pela Secretaria Estadual da Saúde, dentro dos protocolos do Ministério da Saúde.

Até 31 de dezembro, o Brasil deve receber cerca de 46 milhões de doses. Até 28 de fevereiro, pelo menos 60 milhões de doses devem estar à disposição dos brasileiros do Estado de São Paulo. A região tem, nesta quarta-feira (23), 951.973 casos de Covid-19 e 34.492 óbitos. A taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 46,9% no Estado e 46,1% na Grande São Paulo. Quanto ao número de internados, 3.972 estão em UTI e 5.280 estão em enfermaria — entre casos confirmados e suspeitos.

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