Desde que deu a ordem de transferência dos principais líderes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) para presídios federais, as ameaças de morte passaram a fazer parte da vida de Lincoln Gakyia. Mais uma carta encontrada por agentes penitenciários pede a execução do promotor de Justiça que investiga o PCC há 12 anos. O recado foi apreendido na semana passada com Wesley Ferreira Sotero, de 25 anos, conhecido como “Magrelo”, na Penitenciária 1 de Presidente Bernardes, no interior paulista. Ela foi localizada por um agente durante uma revista pouco antes de uma consulta odontológica dentro do próprio presídio.
A carta, escrita à mão, tem vários xingamentos direcionados a Lincoln e pede diretamente para “acabar com a vida desse tirano”. O motivo do pedido de assassinato também é registrado: matá-lo seria uma retaliação pelas transferências de 22 líderes da quadrilha para presídios federais em fevereiro, entre eles, o chefe supremo da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Apesar das ameaças, Lincoln Gakiya diz que o trabalho contra a facção continuará firme. O promotor segue com um forte de esquema de segurança, que envolve até acompanhamento de policiais da Rota, o batalhão especial da Polícia Militar paulista.
*Com informações do repórter Leonardo Martins
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