Deputados cobram o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pela retomada da discussão da prisão após a segunda instância. A Frente Parlamentar pela Ética Contra a Corrupção defendeu o retorno da comissão especial que discute a Proposta de Emenda à Constituição sobre o tema. As comissões foram suspensas em março, em razão da pandemia do coronavírus. O retorno depende da aprovação de um projeto de resolução. Em reunião virtual, o autor da PEC, Alex Manente, reforça a urgência da discussão. “Nos ajudar na retomada da reabertura da comissão especial. Hoje está sendo instalada uma comissão de lavagem de dinheiro, não vejo sentido da nossa comissão não ser reaberta para poder finalizar a avaliação e votação do relator, deputado Fábio Trad”, afirma. No entanto, Fábio Trad é realista. “Eu enxergo um clima desfavorável para a aprovação da PEC politicamente. Vamos ser sinceros, com um olhar bem realista, existem muitos interesses contrariados. Essa PEC atinge todos os ramos do direito então têm interesses políticos contrariado, têm interesses econômicos contrariados e corporativos contrariados.
O procurador Regional da República, Fábio George, defende a eficácia da Justiça. “Justiça é algo se situa entra a injustiça por falta e a injustiça por acesso. As mudanças discutida pelo parlamento tem objetivo de evitar as ambas as formas de justiça em um país tão desigual como o nosso”, explica.No requerimento apresentado nesta quinta-feira, 24, os parlamentares solicitam que as reuniões da comissão retornem de maneira remota. O Supremo Tribunal Federal (STF) alterou seu próprio entendimento pela possibilidade da prisão em segunda instância, sob a presidência do ministro Dias Toffoli. De imediato houve a soltura do ex-presidente Lula; o caso considerado emblemático na reversão da opinião dos ministros da corte máxima do país.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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