A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, expressou nesta segunda-feira, 28, sua preocupação com a evolução da pandemia da Covid-19 em seu país diante da possibilidade de que as infecções cheguem a dimensões como na França e alcancem a marca de 19,2 mil infecções diárias no período do Natal. Os surtos locais devem ser interrompidos imediatamente, destacou a líder alemã em videoconferência da presidência de seu partido, a União Democrática Cristã (CDU), segundo informações publicadas pela revista semanal Der Spiegel e o jornal Bild.
Os dois meios de comunicação citam o número de 19,2 mil infecções diárias para as férias de Natal, com base no aumento contínuo refletido nas últimas semanas. Tanto o Instituto Robert Koch (RKI), competente no assunto na Alemanha, quanto o virologista Christian Drosten, importante especialista no país, vêm alertando que os encontros familiares e as cerimônias religiosas são o principal fator nesses avanços. No último sábado, foram verificadas 2.507 infecções, o maior número desde 18 de abril, e embora ainda longe das mais de 6 mil infecções registradas no pico da pandemia – entre o final de março e o início de abril – o aumento contínuo que ocorre há 15 dias é observado com preocupação, com cerca de 2 mil casos diários.
“O desenvolvimento do contágio nos preocupa muito. Não ocorre em todo o lado, mas a nível local e regional. Não podemos permitir que o vírus se espalhe exponencialmente em alguns lugares”, disse o porta-voz do governo, Steffen Seibert. O RKI informou nesta segunda que foram verificados 1.192 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, embora os números do fim de semana sejam normalmente mais baixos, pois nem todas as autoridades locais ou regionais atualizam os seus dados. No total, a Alemanha tem 285.332 casos de Covid-19 – em uma população total de 83,2 milhões de pessoas –, dos quais cerca de 252,5 mil já se recuperaram da doença. O número de vítimas subiu para 9.460, após três mortes confirmadas nas últimas 24 horas. De acordo com o RKI, a maior parte das infecções detectadas na Alemanha são agora locais, ao contrário da percentagem significativa dos casos importados durante o período de férias.
*Com informações da EFE
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