Mundo ultrapassa a marca de 1 milhão de mortos por Covid-19, diz universidade


Enquanto as primeiras 500 mil mortes foram registradas em seis meses, as últimas 500 mil foram registradas em apenas 3 meses, segundo universidade Johns Hopkins. EUA e Brasil têm os maiores números de óbitos. Muçulmanas indonésias andam em meio a túmulos em um cemitério em Jakarta, onde novas covas foram abertas para enterrar vítimas da Covid-19 no país, no dia 24 de setembro.
Dita Alangkara/AP
O mundo ultrapassou nesta segunda-feira (28) a marca de 1 milhão de mortes provocadas pelo novo coronavírus, segundo a Universidade Johns Hopkins. Os Estados Unidos e o Brasil são os países com os maiores números de óbitos.
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Monitoramento da Johns Hopkins mostra mais de 1 milhão de mortos por Covid-19 no mundo
Reprodução
Além da marca, a velocidade da pandemia também chama atenção: enquanto o mundo levou seis meses para registrar as primeiras 500 mil mortes, foram necessários somente três meses para registrar as outras 500 mil. As últimas 100 mil mortes foram registradas em 12 dias. (Veja mais abaixo).
Os cinco países com mais mortes são Estados Unidos, Brasil, Índia, México e Reino Unido (veja gráfico). Os números brasileiros são do consórcio de veículos de imprensa – do qual o G1 faz parte – , que apontavam mais de 142 mil mortes no país pela Covid-19 até as 20h desta segunda.
Os dados mundiais são do monitoramento da Hopkins, com atualização até a manhã (6h, no horário de Brasília) de segunda-feira.
No último dia 17, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para a aceleração da pandemia na Europa em setembro, impulsionada por altas nas transmissões diárias, principalmente na França e Espanha.
O Reino Unido, que também aparece com os vizinhos europeus na lista dos dez países com mais mortes no mundo, vive uma onda de novos contágios: houve dois dias de recordes diários na última semana (veja vídeo).
Reino Unido bate recorde de novos casos de Covid-19, com 6.634 em um dia
Novas restrições
Por causa do aumento de casos, vários países europeus anunciaram ou planejam novas restrições para conter a disseminação do vírus.
A região de Madri, na Espanha, se apressa para estender as restrições já em vigor a novas áreas. A partir de segunda (28), 167 mil habitantes adicionais – superando, assim, um milhão de pessoas – poderão sair de seus bairros apenas para trabalhar, ir ao médico ou levar seus filhos para a escola, segundo a agência de notícias France Presse.
No Reino Unido, quase metade do País de Gales estará em confinamento local: a partir das 18h (horário local; 14h de Brasília) deste domingo, estará proibida a entrada ou saída nas cidades de Cardiff e Swansea, exceto por razões profissionais ou estudantis.
Casal anda de máscaras para proteção contra a Covid-19 em Cardiff, sul do País de Gales, no dia 27 de setembro.
Geoff Caddick / AFP
Na França, um coletivo de médicos pediu a implementação de medidas drásticas “a partir deste fim de semana”, para evitar “uma segunda onda mais difícil de administrar para os hospitais e unidades de terapia intensiva (UTI) do que a primeira”.
Em Bruxelas, na Bélgica, bares e cafeterias terão que fechar suas portas às 23h partir de segunda (28). E, na Itália, os torcedores estão muito frustrados porque, por enquanto, os estádios da península não podem receber mais de mil torcedores por partida.
As medidas rígidas vêm provocando indignação e protestos em todo o mundo – como em Londres, onde, no sábado (26), ao menos 16 pessoas foram detidas e quatro policiais ficaram feridos em uma manifestação que reuniu milhares de opositores às restrições.
Evolução da pandemia
O mundo atingiu 100 mil mortes pela Covid-19 em 10 de abril, pouco mais de três meses depois do primeiro caso confirmado do novo coronavírus. Em apenas 15 dias, o número de vítimas da doença dobrou e chegou a 200 mil.
Veja as datas em que o mundo alcançou cada uma das 100 mil mortes até chegar ao 1 milhão de óbitos, segundo a Johns Hopkins:
10 de abril: 100 mil mortes
25 de abril: 200 mil mortes
14 de maio: 300 mil mortes
7 de junho: 400 mil mortes
28 de junho: 500 mil mortes
19 de julho: 600 mil mortes
5 de agosto: 700 mil mortes
22 de agosto: 800 mil mortes
9 de setembro: 900 mil mortes
28 de setembro: mais de 1 milhão de mortes
Primeiros casos
A OMS emitiu o primeiro alerta para a Covid-19 em 31 de dezembro de 2019, depois que autoridades chinesas notificaram casos de uma misteriosa pneumonia na cidade de Wuhan, metrópole chinesa com 11 milhões de habitantes
A primeira morte foi registrada no dia 9 de janeiro. Tratava-se de um chinês de 61 anos. O paciente foi hospitalizado com dificuldades de respiração e pneumonia grave, e morreu após uma parada cardíaca. Naquele momento, 41 pessoas já haviam se infectado.
Nos Estados Unidos, o vírus foi detectado por volta de 20 de janeiro. No Brasil, o primeiro caso foi confirmado pelo Ministério da Saúde em 26 de fevereiro, em São Paulo capital.
No dia 11 de março, a OMS declarou que o mundo vivia uma pandemia de coronavírus.

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