Donos de bares e restaurantes estão fazendo malabarismo para pagar as contas. Um dos setores mais afetados pela pandemia do coronavírus ainda sofre com a baixa demanda. Durante o período mais crítico da quarentena, portas fechadas. Com a flexibilização, a reabertura por oito horas diárias em horário livre — porém, com encerramento das atividades até as 22h. Além disto, nenhum pode ter ocupação com mais de 40% da capacidade.
Números da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes indicam que cerca de 50 mil estabelecimentos encerraram as operações por conta da crise provocada pelo vírus. Os pequenos foram os mais atingidos com o baixo faturamento. O presidente da Abrasel, Percival Maricato, aponta que além da
redução do poder de consumo, algumas pessoas ainda têm medo de ir às ruas por causa da Covid-19. Temendo o fechamento de outras instalações, ele destaca que o governo pode minimizar estes impactos flexibilizando as restrições.
A empresária Ana Massochi fechou uma de suas casas em Higienópolis e mantém uma churrascaria na Vila Madalena, zona oeste da cidade. Ela enfatiza que há muita dificuldade de acesso às linhas de crédito e a receita está longe de voltar ao que era antes. “Delivery e só no almoço. Cerca de 30% do faturamento. Mas, enfim, sem a vacina e sem o governo apoiar o pequeno empresário é difícil”, disse.
Aqueles que conseguiram manter o negócio funcionando enfrentam dificuldades e o jeito é fazer adaptações. Com a diminuição do movimento, um restaurante coreano no bairro de Santo Amaro promoveu alteração no cardápio e nos protocolos. A mudança é notada pela clientela já na entrada, com medição de temperatura e álcool gel. O proprietário Rafael Seo viu a frequência baixar substancialmente, com isto fixou o menu do almoço e colocou uma variedade maior no jantar.
*Com informações do repórter Daniel Lian
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