Museus, cinemas e teatros vão poder funcionar desde que as regras de biossegurança sejam respeitadas e a principal delas é que o público está limitado a 50% da capacidade máxima do espaço. Artistas se dividem sobre volta das atividades no teatro
Os teatros foram autorizados a abrir as cortinas depois de seis meses fechados por causa da pandemia da Covid-19. Artistas, diretores e outros profissionais dependem das artes cênicas. Sem os espetáculos, quem não tem outra fonte de renda enfrentou dificuldades financeiras.
A classe artística sofre com os impactos causados pela pandemia.
O ator e comediante, André D’Lucca, conta que vê colegas passando e até mesmo sem luz em casa. “Eu vejo meus colegas passarem fome, meus colegas passando necessidade mesmo, colegas coma luz cortada, eu achei que não cortariam, mas cortam depois de alguns meses. Eu tenho visto esse desespero. Foi um ano realmente perdido, eu estou com várias contas atrasadas”, afirma.
O público vai poder acompanhar novamente as exibições artísticas de acordo com o decreto publicado no dia 25 de setembro pelo governo do estado.
Museus, cinemas e teatros vão poder funcionar desde que as regras de biossegurança sejam respeitadas e a principal delas é que o público está limitado a 50% da capacidade máxima do espaço.
O secretário da Cultura de Mato Grosso, Alberto Machado, afirma que todas as regras sanitárias precisam ser respeitadas e que a cada sessão o espaço vai ser desinfectado para evitar o contágio.
“Todas as regras sanitárias que nós estamos vivendo neste momento são respeitadas. O decreto fica muito específico, não só a taxa de ocupação, mas o distanciamento, a desinfecção a cada sessão. Segmentos que precisam retomar suas atividades respeitando o distanciamento, respeitando as regras sanitárias, mas a economia tem que voltar a se aquecer dentro do possível, com responsabilidade”, afirma.
No entanto, o retorno das atividades do setor cultural depende das autorizações das prefeituras dos 141 municípios de Mato Grosso. O decreto estadual desse momento, tem apenas caráter de orientação. É que uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça em abril deste ano, garantiu autonomia para que governadores e prefeitos decidam sobre isolamento social.
Agora sobre a retomada dos espetáculos com público, a classe artística divide opiniões. O ator, Márcio Campos, é favor da retomada das atividades dos artistas.
“Eu sou a favor da retomada gradual dos espaços, mas de modo seguro mesmo”, afirma.
Já André D’Lucca diz que no momento ainda não está se sentindo seguro.
“Eu não vou retomar enquanto eu não me sentir seguro e sentir que o meu público está asseguro, eu não vou retornar, mas eu entendo os meus colegas que estão retornando neste momento”, afirma.
A Prefeitura de Cuiabá, por exemplo, já teve acesso ao novo decreto estadual, mas ainda não decidiu se vai autorizar a reabertura de museus, cinemas e teatros.
Já em Várzea Grande, o cinema voltou a funcionar.
Para o diretor do Cine Teatro Cuiabá, Flávio Ferreira, as atividades devem ser autorizadas e, neste caso, ficaria a critério de cada artista decidir se retoma ou não as apresentações com o público.
“Hoje nós não temos opção de escolha, então se liberar, então ada artista vai poder tomar a sua decisão”, afirma.
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