Um estudo feito na Universidade Stellenbosch, na África do Sul, traz evidências de que a variante Ômicron do coronavírus é capaz de provocar reinfecções em um intervalo menor de tempo. Nas ondas anteriores da Covid-19, as reinfecções ocorriam após cerca de seis meses. Na atual, foram verificados ocorrências assim apenas 90 dias depois da primeira infecção
A descoberta, publicada este mês na revista científica Science, explica porque algumas pessoas foram diagnosticadas com Covid-19 duas ou três vezes nos últimos meses.
Os cientistas atribuem a vantagem do vírus às múltiplas mutações encontradas na proteína Spike. “A principal vantagem dessa variante é sua capacidade de evitar a imunidade adquirida naturalmente (nas ondas anteriores)”, escreveram os autores do estudo.
Felizmente, apontam os pesquisadores, a variante Ômicron não evita totalmente as estratégias de defesa construídas pelas vacinas. Embora os imunizantes não evitem a infecção, eles continuam protegendo a população das formas graves da doença.
O estudo foi feito a partir da análise de testes de aproximadamente 3 milhões de pessoas diagnosticadas com a doença entre março de 2020 e janeiro de 2022.
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