Irmã do jovem de 27 anos baleado na mão e na barriga durante o show da dupla Henrique e Juliano, no final de semana, em Goiânia, Lidiany Ribeiro Amorim reclamou de falha na segurança no evento.
Francis Junio Ribeiro Amorim está internado, consciente, em estado grave, na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr.Valdemiro Cruz (Hugo).
O policial militar Pedro Henrique Cândido Negreiro foi preso em flagrante por tentativa de homicídio. Lidiany, por sua vez, apontou falhas no processo de revista na entrada do show, já que, segundo ela, não havia detector de metais na entrada. O show foi realizado no estacionamento do Estádio Serra Dourada, no domingo (5/6).
Francis Junio, que trabalha como gerente em uma empresa de engenharia, foi atingido na mão esquerda e no tórax depois de se envolver em uma troca de empurrões, conforme ele relatou à polícia no hospital.
“Era para ser um dia diversão e acontece uma coisa dessas onde você acha que está seguro”, disse Lidiany ao g1.
Segundo o hospital, Francis passou por uma cirurgia no tórax e na mão esquerda. Ele também precisou retirar o baço e parte do pâncreas, de acordo com familiares. Além disso, está com um dreno no pulmão.
A irmã relatou que estava com o jovem, familiares e amigos em um grupo de oito pessoas no local. Segundo ela, Francis decidiu ir embora com outras duas jovens perto de o show acabar.
Confusão
A confusão, de acordo com Lidiany, ocorreu no momento em que ele seguiu em direção à saída, a menos de 100 metros do local onde estava o restante dos familiares.
“Meu irmão esbarrou em uma pessoa porque estava muito cheio. Esse homem empurrou meu irmão de volta, que revidou. Uma das meninas que estava com ele disse que se virou e foi a hora que viu o homem atirando no Francis”, contou ela ao G1.
Por causa da situação, a família de Francis agora cobra uma resposta do evento sobre a falta de segurança, já que permitiu uma pessoa armada estar no meio do público.
Termo de responsabilidade
A assessoria do evento lamentou o incidente e informou que está dando apoio ao jovem baleado. A organização destacou que o policial assinou termo de responsabilidade para entrar com a arma no local.
Ainda de acordo com a assessoria, o evento tinha uma equipe composta por 700 seguranças internos e externos e foi realizado o monitoramento e mapeamento durante toda a programação. “Infelizmente, não podemos prever que coisas desta natureza aconteçam, mas tentamos evitar ao máximo, cumprindo todas as regras de segurança que nos são determinadas”, diz a nota.
O caso é investigado pelo 8º Distrito Policial, que já começou a ouvir testemunhas.
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