Exército Exonera Comandantes Investigados por Atos Golpistas: Desdobramentos da Operação Tempus Veritatis

Investigações da Polícia Federal sobre tentativa de golpe de Estado levam à exoneração de militares pelo Exército.

O Exército Brasileiro anunciou a exoneração de dois comandantes militares que estavam entre os alvos da recente Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal na semana passada. As exonerações foram formalizadas pelo comandante do Exército, general Tomás Paiva, e publicadas no “Diário Oficial da União” hoje. Os militares afastados são o tenente-coronel Guilherme Marques de Almeida, que ocupava o comando do 1º Batalhão de Operações Psicológicas em Goiânia, e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, que atuava como comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus.

A Polícia Federal conduz investigações sobre um suposto golpe de Estado envolvendo esse grupo, que abrange militares, o ex-presidente Jair Bolsonaro e políticos próximos. A operação sugere que o grupo se articulou para minar a credibilidade das instituições e promover um golpe, visando manter Bolsonaro no poder.

De acordo com as informações obtidas pela PF, o grupo dividia suas ações em dois “eixos“. O primeiro concentrava-se na construção e disseminação de informações falsas sobre uma suposta fraude nas urnas, destacando uma “falaciosa vulnerabilidade do sistema eletrônico de votação“. Esse discurso, segundo a PF, era repetido pelos investigados desde 2019 e persistiu após os resultados do segundo turno das eleições de 2022.

O segundo “eixo” visava ações práticas para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, ou seja, concretizar o golpe. Nessa etapa, os militares investigados estariam ligados a táticas e forças especiais, dando suporte a essa tentativa de subverter a ordem democrática.

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