Um estudante foi agredido por seis pescadores neste domingo, 16, na Prainha Branca, no Guarujá, litoral de São Paulo. Kauan Silva, de 17 anos, estava com a esposa e uma amiga acampando e foi agredido porque demorou para atender a ordem dos pescadores de desmontar a barraca. De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, houve discussão entre os envolvidos, mas familiares do estudante alegam que foi um “linchamento”. Devido à pandemia do novo coronavírus, não é permitido montar barracas em praias do município. O rapaz reside em Mogi das Cruzes, na Região Metropolitana de São Paulo, e passava o fim de semana no litoral.
A confusão teria começado quando um pescador passou pelo local e mandou que Kauan desarmasse a barraca, alegando que a fiscalização estava a caminho. Segundo a Polícia Civil, nesse momento teria havido uma discussão. O homem voltou logo depois com outros cinco e todos passaram a agredir Kauan. A esposa dele tentou reagir, usando um canivete, mas também foi agredida, assim como a amiga. Os agressores teriam desferido chutes no estudante após ele cair. Logo depois, o jovem começou a passar mal e foi levado pelo Corpo de Bombeiros para o pronto socorro mais próximo, em Bertioga, mas não resistiu.
A Polícia Civil do Guarujá registrou o caso como lesões corporais seguidas de morte e aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para confirmar a causa do óbito. Os familiares de Kauan foram ouvidos informalmente e reafirmaram o linchamento. Conforme a polícia, o grupo de investigação trabalhava na manhã desta segunda-feira, 17, para identificar os agressores.
*Com Estadão Conteúdo
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