WASHINGTON (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi oficializado como candidato à reeleição pelo Partido Republicano na segunda-feira (24), no primeiro dia da convenção da sigla em Charlotte, na Carolina do Norte.
O magnata, que não era esperado no local hoje, apareceu de surpresa e realizou um discurso com duras críticas contra seus rivais do Partido Democrata.
Trump foi escolhido como representante dos republicanos de forma unânime por todos os 2.551 delegados. Desta maneira, ele repetirá a chapa das últimas eleições, com Mike Pence como seu vice.
A votação, marcada para 3 de novembro, será “a eleição mais importante da história do nosso país”, segundo o chefe de Estado americano. “Temos que ter muito cuidado. Em 2016, os democratas espionaram nossa campanha, agora estão tentando fazer o mesmo com o voto por correspondência”.
Durante seu discurso, o republicano atacou os democratas por não citarem Deus na convenção da semana passada e, principalmente, por defenderem a votação remota, por correio, em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
Segundo Trump, o partido de seu rival Joe Biden está “usando a Covid-19 para roubar as eleições”.
O líder americano, que foi recebido com gritos de “mais quatro anos”, ressaltou que seu governo tem feito um grande trabalho durante a pandemia. “Todas as pessoas que precisaram de ventiladores os tiveram”. Atualmente, os EUA são o país com maior número de casos e mortes em todo o mundo, com 5,7 milhões de infectados e 176 mil vítimas.
“A vida antes da praga do coronavírus era a melhor que vocês já tiveram. Então, fomos forçados a fechar o país, mas salvamos milhões de vidas”, acrescenta Trump, elogiando os esforços no combate ao vírus.
“Quero agradecer a todos. Me senti na obrigação de vir para a Carolina do Norte. Outro estado que tem sido muito bom para mim é Wisconsin, onde os democratas deveriam ter feito sua convenção, mas não o fizeram”, afirmou ele, enfatizando que “respeita a Carolina do Norte”.
Com duração de 25 minutos, o pronunciamento também teve ataques à China e ao democrata Biden, além de defesas a temas de campanha, como o uso de armas, o discurso de “lei e ordem”, a promessa de criar formas para aumentar o número de empregos no país e de cortar impostos.
Por fim, Trump previu que arrecadará muitos votos por causa da política comercial de Biden. “A China controlará nosso país se Biden vencer”.
O vice Pence, por sua vez, associou o candidato democrata à esquerda radical, reforçando que a agenda dele “é de mais impostos, fronteiras abertas, aborto sob demanda e corte de gastos militares”.
A convenção republicana continua nesta terça-feira (25), com discursos da primeira-dama Melania Trump, do filho do presidente, Eric, do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, entre outros. (ANSA)
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