O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, explicou, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta quarta-feira (26), a escolha do nome “Casa Verde e Amarela” para o novo programa de habitação do governo federal, lançado nesta terça-feira (25). Ele negou que haja uma intenção partidária por trás do nome. “Verde e amarelo é a cor do nosso país, tem a ver com nossa missão de estarmos exercendo um cargo público”, disse. “Não há nada mais plural que as cores do nosso país, não de uma facção ou partido”, continuou. “Sinto muito se alguém acha que verde e amarelo significa partidarização.”
Marinho também negou que o novo programa seja apenas uma troca de nome do Minha Casa, Minha Vida, criado em 2009 pelo então presidente Lula. O ministro explicou que o “Casa Verde e Amarela” terá foco no Norte e no Nordeste e será benéfico especialmente para as pessoas com renda mais baixa. “As pessoas da faixa 1 [do Minha Casa, Minha Vida], que têm maior fragilidade econômica, ficam impedidas de renegociar seus débitos pela legislação atual. Agora, estamos retirando essa vedação”, disse.
A intenção do governo federal é, junto com a Caixa, chamar um mutirão no primeiro trimestre de 2021 para renegociar os débitos dessas pessoas inadimplentes. A estimativa de Marinho é de que cerca de 500 mil beneficiários do programa que estão na faixa 1 tenham dívidas com a estatal. “Vamos permitir que essas dívidas sejam renegociadas. São quase 500 mil moradias, são pessoas assustadas porque podem perder as casas”, afirmou o ministro. Ele ainda disse que outra diferença do novo programa do governo de Jair Bolsonaro é a diminuição do lucro da Caixa. “Estamos diminuindo a remuneração do agente financeiro [o banco] pelos próximos quatro anos. Esse desmame, que vai terminar em 2024, vai permitir mais 350 mil unidades habitacionais. Mais com menos”, disse Rogério Marinho.
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