Para tentar conter a propagação do novo coronavírus no país, o presidente do Líbano, Michel Aoun, anunciou nesta quarta-feira que irá prorrogar o estado de emergência até o fim do ano. A decisão foi tomada após uma reunião entre o Conselho Supremo de Defesa. Segundo o governo, as infeções pela Covid-19 aumentaram exponencialmente após a explosão no porto de Beirute, em 4 de agosto, que deixou mais de 180 pessoas mortes e cerca de seis mil feridos. A medida tem como objetivo criar uma “mobilização geral” do governo para a implementação de medidas e procedimentos impostos pelo Ministério do Interior contra o patógeno que provoca a Covid-19, segundo explicou o chefe de Estado.
Entre as normas impostas, está a obrigação do uso de máscara em qualquer espaço público e a obrigação de bares e restaurantes de não ultrapassarem 50% da ocupação dos estabelecimentos. Segundo Aoun, o Conselho Supremo de Defesa pediu que todos os militares e integrantes de força de segurança sejam rígidos para fazer cumprir as normas decretadas, assim como contra qualquer violação que possa levar a propagação do novo coronavírus. O governo do Líbano decretou estado de emergência em 15 de março, por causa da pandemia da Covid-19. Hoje, antes do início da reunião de cúpula, o primeiro-ministro interino, Hasan Diab, afirmou que a situação no país pode ficar fora de controle, se o número de casos de infecção seguir aumentando.
Desde o mês passado, o contágio vinha aumentando no país, mas a partir de 4 de agosto, quando 3 mil toneladas de nitrato de amônio explodiram no porto de Beirute, provocando mortes e destruição a quilômetros de distância, houve uma alta acentuada. Desde o dia 18, as autoridades já tinham decretado toque de recolher, que vigorará até 6 de setembro. Ontem, o Líbano contabilizou 12 mortes em decorrência da Covid-19, um recorde diário desde o início da pandemia, o que elevou o total para 138. Além disso, o país já registrou 13.687 casos de infecção.
*Com Agência EFE
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