Polícia investiga tentativa de invasão a tiros em porteira de acesso à aldeia onde cacique vive em MT


Foram encontradas 29 cápsulas deflagradas e marcas de disparo nas madeiras do bloqueio. A comunidade pertence a Terra Indígena Kapot Jarinã, onde vive o cacique Raoni Metuktire. Cápsulas deflagradas foram encontradas na porteira da aldeia
Instituto Raoni/Divulgação
A Polícia Civil instaurou um auto de investigação preliminar para apurar a tentativa de invasão na aldeia Piaraçu na noite dessa segunda-feira (24). A aldeia fica no município de São José do Xingu, a 931 km de Cuiabá, no Parque do Xingu, norte de Mato Grosso.
A comunidade pertence a Terra Indígena Kapot Jarinã, onde vive o cacique Raoni Metuktire, de 89 anos.
O Núcleo da Polícia Militar de São José do Xingu informou que foi comunicado por telefone que duas pessoas em uma camionete haviam quebrado um bloqueio feito pelos indígenas na entrada da reserva. Além disso, também foram efetuados disparos de arma de fogo.
No local, foram encontradas 29 cápsulas de calibre .9mm deflagradas e marcas de disparo nas madeiras do bloqueio.
Homens armados tentaram destruir porteira que dá acesso ao território indígena em MT
Instituto Raoni/Divulgação
Uma equipe da PM foi até a estrada que dá acesso à aldeia para tentar localizar o veículo e seus ocupantes, mas nada foi encontrado.
A ocorrência foi encaminhada para a Delegacia da Polícia Civil. A investigação é conduzida pelo delegado André Rigonato.
Até agora nenhum dos suspeitos foram identificados.
Segundo moradores da região, os homens não são conhecidos na região.
Cápsulas encontradas no local foram recolhidas
Instituto Raoni/Divulgação
O neto de Raoni, Patxon Metuktire, informou que as lideranças da região se reuniram para falar sobre o caso. Segundo ele, a população acredita que os homens tentavam fugir pela região.
“É muito cedo para chegarmos a uma conclusão. Imaginamos que eles tenham feito algo de errado e estavam tentando fugir por ali. Não acredito que eles vieram atacar”, disse.
Como forma de segurança, um alerta foi emitido para que os moradores das aldeias e da cidade não abram as portas caso alguém com as mesmas características dos suspeitos peça informações.

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